Minhas 5 personagens nem um pouco favoritas de livros

Dias atrás eu fiz uma postagem com as minhas personagens prediletas de livros. A maioria era da ficção científica, mas tinha de outros universos também. Porém, as meninas no Twitter me perguntaram "e aquelas que você não gosta, não vai rolar uma listinha?". Bem, e por que não? Aqui estão as personagens que eu mais tenho aversão. Felizmente são poucas.

Lembrando, mais uma vez, que esta é uma lista pessoal. É do meu gosto. Não é uma lista definitiva de todo o universo conhecido, não estou mandando ninguém deixar de gostar de sua personagem favorita. Esta lista não é um ataque pessoal à ninguém. Ok?

Claire Fraser - Outlander, de Diana Gabaldon
O problema de Claire é que ela é uma personagem muito mal construída e rasa. Poderíamos ter aqui uma mulher incrível, pois a personagem tem muito potencial e, no fim, não temos. Temos uma mera expectadora do livro todo, com mais de 800 páginas. Não sabemos muito de sua vida, nem de seus gostos, as lembranças não giram em torno dela.

Claire Fraser, de Outlander

Tudo na vida de Claire gira em torno dos dois maridos, um do presente e outro do passado. Desses sim a gente sabe uma caralhada de coisas, até demais. Não sei se ela melhora nos livros seguintes e não acompanho a série de TV, mas é uma pena que a personagem tenha saído tão rasa, enquanto outros personagens da trama se saem tão bem.

Wren (178) - Reboot, de Amy Tintera
Wren tinha tudo para ser uma personagem fantástica, em uma incrível estória de zumbis modificados, usados como combatentes. Pena que não é o que aconteceu. Ela não convence em nada de que seja tão forte, ágil e rápida quanto a autora quer nos fazer crer. E para piorar, no enredo, onde ela é fodona, coisa e tal, ela desvia do padrão que costumava seguir ao escolher um reiniciado muito recente para treinar.

Wren (178)

E aí é clichê que não acaba mais, com o rapaz fazendo a fria Wren voltar a ter emoções, blá, blá, blá, voltar a sorrir, blá, blá, blá, os dois têm tesão, blá, blá, blá. Aquela coisa morna, sem graça e completamente sem noção que vemos em muitas distopias juvenis.


Bella - Crepúsculo, de Stephanie Meyer
O primeiro livro de Crepúsculo não é tão mau porque retrata todas aquelas angústias que qualquer menina adolescente numa escola nova enfrentaria. Se ajustar em um novo lugar, fazer novos amigos, se ajustar ao novo lar com o pai e ainda se apaixonar por um garoto misterioso. Até aí tudo bem, o problema foi continuar esse imbróglio todo.

Bella, Crepúsculo

Bella tem um cordão umbilical com o Edward e chega a perder a vontade de viver por causa do boy! Ela não tem vontade própria, não tem personalidade, a vida dela é viver ao lado de Edward. Bella não teve nenhum desenvolvimento pessoal do primeiro livro até o último, mas ainda assim é perfeita, uma Mary Sue. Além de termos um enredo absolutamente conservador, onde um vampiro virgem de 117 anos adora sofrer, passando pelo ensino médio repetidas vezes por puro masoquismo. Afff!


Tris - Trilogia Divergente, de Veronica Roth
Tris é outra Bella. Ela também sofre do mesmo mal: o cordão umbilical junto do boy, um enredo extremamente conservador. O primeiro livro, Divergente, é muito bom. É uma moça, num universo distópico, buscando seu lugar no mundo, se descobrindo e que paquera um gostosão. O problema foi continuar e piorar algo que já estava bom.

Tris, de Divergente

A partir do segundo livro, as poucas vezes em que Tris age por conta própria, ela fode com a vida de alguém, em geral dela mesma. E ela e Quatro discutem relação o tempo TO-DO. Sem contar que a autora tira o foco de Tris e começa a erguer Quatro até que a gente tem aquele final HORROROSO da trilogia. Tris não merecia esse final, nem o desenvolvimento tão ruim.


Eva - Eva, de Anna Carey
Eu estou pra ver personagem mais tapada e mal construída do que Eva. Isso porque ela vive em um mundo completamente sem sentido, onde meninas são educadas para servirem como parideiras estatais e onde meninos são criados em separado em campos de trabalhos forçados e todos são tidos como estupradores. Eva peca pela pouca profundidade e pela completa idiotice por pedir desculpas ao boy que ela gostava por quase ter sofrido um estupro.

Eva, de Anna Carey

Sim, Eva pede DESCULPAS para o boy, pois ele, que impediu o melhor amigo de violentá-la, teve a pachorra de perguntar se ela queria "transar" com o sujeito. Ela, se sentindo culpada, não sei do que, pede desculpas desnecessárias. Tão desnecessárias que levou à morte violenta de três pessoas. Ou seja, é a personagem mais idiota que tive a infelicidade de encontrar em uma distopia juvenil que, em si, também é fraquíssima.

E você? Tem personagens que não curte? Quais são?

Até mais!

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