Robôs gigantes, mulheres fortes, intriga internacional e um romance que vem sendo considerado um novo fenômeno mundial, comparado a Perdido em Marte. Tudo para dar certo, não é mesmo? Então, não dá.
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O livro
Rose saiu para andar de bicicleta, um presente que esperava há muito tempo e que ganhou em seu aniversário de 11 anos. É quando ela cai em um buraco e descobre que caiu em cima de uma mão metálica gigante. Anos depois, ela se envolve no projeto da mão e descobre uma forma de encontrar outras partes de um robô gigante, ainda que não entenda seu propósito.O livro é construído na forma de relatos orais, tal como Guerra Mundial Z. O autor usa transcrições de missões, entrevistas, diários pessoais, notícias de jornais e relatórios para construir a história da descoberta das partes da robô, sua montagem, utilização e as disputas políticas por trás dela. Todas essas partes são conduzidas por uma figura enigmática, que não sabemos quem é, que pode ser bem cruel com os personagens durante seus questionamentos.
Montar o robô, que depois descobre-se que tem a forma feminina - aliens com seios! - se torna um problema com outros países. Incidentes internacionais ocorrem por conta da entrada não autorizada de tropas norte-americanas em solo estrangeiro para resgatar as tais partes enterradas. Enquanto isso, a figura misteriosa se encontra com outra figura misteriosa que conta um monte de lenda misteriosa sobre a misteriosa raça alienígena que espalhou robôs misteriosos desmontados por aí. Quanto mistério, né não?
Ok, vamos lá:
É maneiro você ter robôs gigantes enterrados por aí? É.
É maneiro você narrar a descoberta dessas partes, como elas funcionam, como isso veio parar aqui? É.
É maneiro ver como os personagens interagem com esta tecnologia? É.
É o que acontece aqui? Não! A forma como autor conduziu o enredo foi bem falha, previsível, chata e maçante. MUITO maçante. Uma ideia tão legal quanto essa merecia uma execução melhor do que ficar detalhando as picuinhas entre os envolvidos na missão e seus encontros amorosos.
O enredo tem três mulheres fortes e muito boas no que fazem. E aí o autor cai no pior clichê que um autor poderia cair em um enredo desses: ele esquece aquela robô fodona que eles estão tentando montar e foca no triângulo amoroso de uma das personagens com dois outros sujeitos. As perguntas daquela figura misteriosa que ninguém sabe para quem trabalha e que não tem nome são ridículas, invasivas e que não têm relevância alguma para o enredo. Nem toda informação é relevante em um enredo, mas ele exagerou nelas. Além disso, ele usa uma dessas personagens, Kara, que é militar e é o pivô do triângulo amoroso e a faz foda, forte, desbocada, e forte e foda e forte e... Entendeu? É a Personagem Feminina Forte all over again, sem aprofundamento nenhum.
Este tipo de enredo teria ficado melhor em uma narrativa normal, para poder desenrolar os eventos com mais calma e detalhes. Dava até para intercalar os relatórios das missões entre um capítulo e outro. Com uma narrativa normal, o desenvolvimento dos personagens teria sido melhor, mais aprofundado e até as picuinhas poderiam ficar mais interessantes. É uma pena mesmo que a execução de uma ideia tão legal foi tão desleixada. E por ser o primeiro livro de uma trilogia, a coisa piora mais ainda, porque me deixou com exatamente zero vontade de continuar.
Ficção e realidade
Imagino como seria a reação da população ao descobrir um robô gigante alienígena enterrado na Terra. As reações seriam as mais variadas possíveis. Do ceticismo ao total pavor, saber que não estamos sozinhos poderia ser demais para algumas pessoas. Uma seita fundamentalista aliou a passagem de um comenta com religião e seus membros se mataram nos anos 90. O que uma descoberta dessa poderia fazer com as pessoas e governos?A reação dos governos talvez seja a mais previsível. Se não conseguirem armamento e novas tecnologias, algum governo poderia destruir o robô para impedir que qualquer outro país tenha qualquer vantagem. Mas fica aí a questão sobre os motivos e sobre as capacidades dessa raça alienígena de colocar um robô aqui.
Sylvain Neuvel é um escritor de ficção científica canadense, conhecido como o autor de The Themis Files.
Pontos positivos
Robôs gigantesPontos negativos
É chatoÉ mal escrito
Clichês e estereótipos
Avaliação do MS?
Uma pena. Sério. Gigantes Adormecidos tem todos os ganchos para me prender por três livros inteiros e no fim a execução falha do autor deixou o livro chato e incompleto, com clichês e que você empurra com a barriga até o final. Não entendo como podem dizer que este livro é o próximo Perdido em Marte. Dois aliens para os robôs gigantes e só também.Até mais!
Aquele momento no qual você fica muito grata por ter tido a ideia de procurar uma resenha do livro antes de ler o livro! kkk
ResponderExcluirMeu deus do ceu. Que livro ruim. No meio do livro eu me peguei pesquisando se eu tava lendo o mesmo livro das resenhas do youtube e outros sites. Ainda insisti na continuacao, que não sei como, falavam ser melhor que o primeiro. Essa foi a única resenha sensata que li .
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