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A geração de hoje não trocaria a internet por nada, já que nasceram e cresceram com ela que oferece tudo, de música, filmes, redes sociais até os trabalhos escolares. Mas para quem tinha as séries de televisão, livros e revistas de ciência para construir seu imaginário, o mundo imaginário era a segurança de sair do nosso mundinho provinciano e conhecer novos lugares.
O que temos visto hoje é que a busca por esse mundo imaginário e fantástico ainda existe, mas foi abandonado pela ficção científica, que optou pelos desastres, pelas distopias e pelas viagens no tempo. Já falei sobre esse assunto neste post, onde as estatísticas mostram que a ficção fantástica está crescendo cada vez mais, conquistando em especial o público jovem, que parece sempre insatisfeito com o que o rodeia. Isso nada mais mostra que eles também querem algo diferente, apenas não viram o potencial que a ficção científica tem, pois hoje ela está engessada.
O futuro está lá nos olhando, julgando nossas ações para crescer em torno delas. Não acredito que tenhamos perdido o futuro, ele apenas não será como imaginamos nos filmes e livros. Acredito que o que é importante nunca muda, mas não teremos as visões fantásticas do jeito que Jornada nas Estrelas imaginou, nem sabres de luz de Star Wars. Ele chegará, claro, mas sempre vamos pensar à frente dele, e à frente, e à frente, pois não estaremos satisfeitos.
Isso significa que devemos pensar apenas no presente? Se ninguém pensasse no futuro, o Curiosity estaria em Marte? Ou teríamos mandado a Voyager para ver tão longe por nós? Em As Crônicas Marcianas, Ray Bradbury imaginou um planeta vermelho muito diferente do real. Isso diminuiu a vontade de visitá-lo, de vê-lo, de um dia fundar colônias por lá? Nem um pouco. Mesmo que a aventura humana lá fora demore para chegar e ter sólidas fundações, ela vai acontecer. E muita gente vai deixar a internet para seguir essa paixão.
O futuro merece um pouco mais de otimismo da raça humana. Ele não pode vir carregado de uma premissa pessimista sendo que podemos fazer dele algo melhor.
O futuro está logo ali. |
Até mais!
O pessimismo da ficção científica