10 coisas que você não sabia sobre Cemitério Maldito

Cemitério Maldito (1989) é o culpado por eu me borrar de medo em qualquer filme de terror e ficar sem dormir direito! A família Creed se muda para a zona rural do Maine, onde uma série de acontecimentos bizarros se inicia após a morte do gato da família, Church. Eles percebem que o antigo cemitério atrás da casa está relacionado com as estranhas aparições que assombram a família, até que a tragédia cai sobre eles.

10 coisas que você não sabia sobre Cemitério Maldito

Baseado no livro O Cemitério, de Stephen King, que roteirizou a obra e dirigido por Mary Lambert, o longa contou com 11,5 milhões de dólares de orçamento e arrecadou em bilheteria mais de 85 milhões. Tornou-se filme cult e até ganhou uma refilmagem morna em 2019.

10. Desenvolvimento
O livro O Cemitério foi lançado, originalmente, em 1983. George Romero comprou os direitos do livro por 10 mil dólares no ano seguinte. Stephen King tinha recusado várias ofertas anteriores para uma adaptação desta obra, mas aceitou a proposta de Romero que, no fim, teve que sair do projeto porque estava ocupado com Instinto Fatal (1988). Com roteiro do próprio King pronto em mãos, a produtora executiva Lindsay Doran foi atrás de estúdios, primeiro na Embassy Pictures e depois na Paramount, de onde se tornou vice-presidente de produção em 1985.

Mas os executivos diziam que não havia interesse em produzir longas baseados em obras de King depois de algumas produções mal-sucedidas no começo dos anos 1980. Foi apenas em 1988, quando a greve do sindicato dos roteiristas eclodiu, que a Paramount percebeu que poderia ficar sem produções naquele ano e no seguinte. Assim, eles deram OK para o projeto de Doran. Stephen King tinha a liberdade de escolher o diretor e escolheu Mary Lambert, grande fã de seus livros e que garantiu que se manteria fiel ao roteiro e à obra original.

9. Final original
O filme era bem mais longo do que a versão que foi para os cinemas. Seu final também era diferente, mais introspectivo e ambíguo. Nele a Rachel, já ressucitada, entraria na cozinha onde Louis jogava Paciência na mesa e acabaria aí. Para a diretora, esse era o final ideal, já que a audiência sabia o que ia acontecer. Mas o estúdio decidiu refilmar o final para algo mais explícito. Assim, a atriz Denise Crosby, a Rachel, foi para a cadeira de maquiagem, onde recebeu próteses no rosto para dar aquele visual violento. Ainda que a cena final da morte de Louis (Dale Midkiff) não apareça, sabemos pelos gritos que algo bem ruim aconteceu.

8. Locações
Ao vender os direitos do livro, King fez algumas exigências. Uma delas era sobre a locação. O filme tinha que ser rodado no Maine. King esteve profundamente envolvido nas filmagens, até porque ele morava a 20 minutos do local. A residência da família Creed é uma casa perto da cidade de Hancock, enquanto a produção se baseou na cidade de Ellsworth. O interior da casa dos Creed foi montado em um estúdio em Ellsworth. O cemitério Micmac foi filmado em uma pedreira abandonada de granito. Várias cenas foram rodadas em Bangor, onde mora Stephen King.

7. Ramones
Stephen King é um grande fã da banda. Mary Lambert tem ampla experiência no meio musical, tendo dirigido dois videoclips da Madonna e sendo grande amiga dos Ramones. Com a letra em canção em mãos, ela entrou em contato com a banda e perguntou se eles gostariam de gravar a canção título do filme, o que eles prontamente aceitaram. A música é um dos grandes sucessos dos Ramones. O filme já tinha uma música deles, "Sheena Is a Punk Rocker".

6. Cujo
No livro O Cemitério, o personagem Judd (interpretado no filme pelo veterano ator Fred Gwynne), menciona um cachorro selvagem que atacou uma cidade e matou várias pessoas. Essa é uma referência aos eventos do livro Cujo, de King, lançado em 1983. É comum King enganchar fatos e personagens ao longo de seus livros.

5. Caminhão
Uma das cenas mais trágicas do filme é quando um caminhão atropela e mata o pequeno Gage. O caminhão era um Peterbilt 378 vermelho, customizado especialmente para o longa. Em 2019, ele foi encontrado estacionado e abandonado na entrada da Murray Laplant & Sons Inc., uma madeireira em Princeton, no Maine. A empresa chegou a pensar em vender o veículo, mas resolveu deixá-lo onde estava. O caminhão foi usado principalmente para transporte de madeira para uma indústria de beneficiamento da região. O caminhão ainda está lá.

4. Miko Hughes
Miko interpreta Gage e trabalhou em vários outros filmes quando ainda era criança, sendo que Cemitério Maldito foi seu primeiro longa, com apenas 3 anos. Muitos críticos ficaram preocupados que uma criança tão pequena fosse exposta a elementos perturbadores de um filme de terror. Lambert, por sua vez, gravou todas as cenas sangrentas com Miko separadamente. A edição posterior dá a impressão de que o menino está presente em tudo, mas Miko gravou suas partes e os adultos gravaram as suas depois.

3. Wendigo
No folclore da nação Algonquin, um Wendigo é uma criatura devoradora de pessoas ou um espírito maligno nativo das florestas do norte da costa atlântica e da Região dos Grandes Lagos. No livro, acredita-se que um Wendigo esteja por trás dos eventos perturbadores, ressuscitando as pessoas que são sepultadas no cemitério de animais atrás da casa dos Creed. Originalmente, o Wendigo estava no roteiro do longa, mas ele foi cortado da edição final. Ainda que ele não seja mencionado diretamente, há algumas alusões a ele. Por exemplo, Louis ouve uma criatura fazer barulho em algum lugar escuro da floresta. Há também uma conversa entre Jud e Louis sobre o cemitério, quando os dois ouvem um uivo distante. Jud diz que é um animal, mas para os fãs do livro, é o Wendigo!

2. O gato
Church é um pelo curto inglês, de pelagem cinza e olhos acobreados, que se tornou um dos mais importantes felinos da indústria do cinema. E há uma razão para a escolha de Church. Segundo Lambert, a produção tinha dezenas de gatos para avaliar e escolher para o longa, mas aquele gato cinza todo fofinho e macio chamou sua atenção, pois ele parecia um brinquedo. A ideia era essa, mostrar um gato fofo, lindo, quase irreal de tão bonito, voltar a vida e se tornar maligno.

Gatos não são os animais mais fáceis do mundo de se adestrar, então a produção tinha um batalhão com nove gatos para as filmagens. Um era mais quieto, o outro mais sociável, o outro mais bravo, um deles gostava de rosnar para os atores. Como os pelo curto inglês são muito parecidos, a equipe de produção não teve nenhum problema em usar vários deles, garantindo assim a continuidade.

1. Origens
Em 1979, a família King morava numa casa alugada pela Universidade do Maine, que era paralela a uma estrada. Cães e gatos eram frequentemente atropelados pelos veículos que passavam pela via. A filha de King ficou inconsolável quando seu gato foi atropelado e morreu na estrada. King então explicou o que tinha acontecido e enterrou o gato na propriedade. Isso o fez pensar o que aconteceria com uma família se essa mesma tragédia ocorresse e o animal voltasse à vida, mas totalmente diferente do gato original. Ele então extrapolou a ideia e pensou no que aconteceria se uma criança morresse e voltasse da mesma maneira.

King sentou e escreveu o livro O Cemitério com base nessas ideias e retrabalhando o conto A Pata do Macaco (1902), conto de W. W. Jacobs, onde uma família deseja que seu filho reviva e de repente acontece. Em geral, ele entrega seus rascunhos para sua esposa, Tabitha King, ler, mas dessa vez ele achou que tinha ido longe demais e o engavetou. King admitiu que de todos os livros que já escreveu, O Cemitério foi o que lhe deu mais medo!

Gage

I DON'T WANT TO BE BURIED IN A PET SEMATARY
I DON'T WANT TO LIVE MY LIFE AGAIN! 🐈‍⬛

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Comentários

  1. Adorei a lista de curiosidades. A coisa mais engraçada da minha vida é que eu nunca vi o filme, mas li o livro sete vezes no intervalo de dois anos xD (eu sei a quantidade certa porque eu emprestava na biblioteca e contei as minhas assinaturas no cartãozinho, hahaha)

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