10 coisas que você não sabia sobre Lucy

Sei que muita gente não gosta desse filme francês, mas eu adoro! A premissa é batida, mas o desenvolvimento da personagem é ótimo. Lucy, acidentalmente, entra em contato com uma droga poderosa que a faz utilizar 100% da capacidade de seu cérebro. Sim, sabemos que esse papo de que usamos só 10% de nossa capacidade cerebral é balela, mas esse grande E SE do longa é alucinante e cria uma protagonista de ação incrível.

10 coisas que você não sabia sobre Lucy

Escrito e dirigido por Luc Besson, o longa foi lançado em 2014, contando com uma produção em torno de 39 milhões de dólares e faturando 464 milhões em bilheteria, sendo considerado um dos filmes mais rentáveis da França naquele ano e o mais rentável em 20 anos na época.

10. O conceito
Luc Besson disse que o conceito de Lucy surgiu porque ele ficou intrigado com a capacidade cerebral da Australopithecus afarensis Lucy, fóssil descoberto em 1974, na Etiópia, que mudou a história da evolução humana. Seu cérebro pesava cerca de 400g, enquanto o cérebro do Homo sapiens pesa por volta de 1,4kg, uma diferença de um quilo. Sua ideia não era fazer um documentário sobre o cérebro, mas sim um thriller científico que levantasse questões éticas. Quando ele soube que uma única célula cerebral pode mandar mil mensagens por célula por segundo, sendo que nós temos 100 bilhões de células no corpo, Besson imaginou o impacto que uma evolução maior de nosso cérebro teria em nosso corpo e capacidade cognitivas.

9. Lucy conhece Lucy
A hominínea que vemos no começo do filme, e no final, é Lucy, a Australopithecus afarensis que mudou a evolução da raça humana. Ela viveu há 3.2 milhões de anos é um dos primeiros de nossos ancestrais a andar ereta como os Homo sapiens. A intenção de Besson era mostrar a evolução humana pela perspectiva de Lucy, a Australopithecus que tem íntima relação com a raça humana e com a Lucy de Scarlett Johansson, um próximo passo na nossa evolução.

8. 10 anos
Entre a ideia para o filme, a concepção, a criação do roteiro e a produção e filmagem foram 10 anos ao todo. Besson admite que o filme tem premissas científicas erradas, mas há muitos filmes com premissas totalmente equivocadas que também fizeram muito sucesso. Se alguém fosse picado por uma aranha radioativa especial, ela só vai subir pelas paredes se for de dor.

7. Paris
A cena de perseguição que vemos acontecendo em Paris entre vários carros foi feita em um feriado. Besson esperou que a cidade ficasse vazia em um dia santo para poder gravar a sequência onde Lucy, em plena luz do dia, lidera uma perseguição frenética passando pelo Arco do Triunfo até a Place de la Concorde, locais muito movimentados no dia a dia. Durante a Assunção de Maria, Paris ficou três dias vazia e tranquila para as gravações.

6. Papel principal
Alguns portais chegaram a dizer que Angelina Jolie tinha recusado o papel para ser Lucy. Mas Luc Besson disse que, na verdade, ele conversou com algumas atrizes sobre um possível convite para o longa. Quem reagiu de maneira mais entusiasmada pelo papel foi Scarlett Johansson, que acabou ficando com ele.

5. Transumanismo
Termo criado por Julian Huxley, biólogo britânico e irmão do escritor Aldous Huxley, em 1957, ele diz, basicamente, que o ser humano continua humano, mas transcende sua biologia de forma a transformar a condição humana com o uso de tecnologias. Lucy é então um filme transumanista, onde Lucy perde sua condição biológica para evoluir para uma forma que ainda não conseguimos compreender.

4. Sem heróis, sem vilões
Besson não queria uma luta desenfrada pelo poder de Lucy. O antagonista da história, protagonizado por Choi Min-sik, quer os sacos de droga, ele desconhece o poder de Lucy. A heroína também não está tentando usar seu poder inimaginável. Sabendo que o que lhe espera é a morte, ela faz de tudo para que a droga que causou tal estado não caia mais nas mãos de ninguém e que ela possa passar adiante todo o conhecimento que acumulou ao alcançar 100% de uso de seu cérebro. Besson queria uma mensagem final positiva depois de todo o sofrimento da protagonista.

3. Raça humana
Uma das ideias de Besson para o elenco é que ele representasse a raça humana, tal como a ancestral Lucy representa uma parente distante de todos nós, unindo os povos a um ancestral comum. Scarlett é branca, Choi Min-sik é coreano, Morgan Freeman é negro e Amr Waked (o policial que ajuda Lucy até o final) é egípcio, além de todos os outros personagens secundários de diversas partes do mundo.

2. CPH4
Esta é a substância em forma de cristais que podem ser inalados ou diluídos em água que tornam Lucy a super-humana. Seu nome científico em inglês é 6-carboxytetrahydropterin synthase e é uma enzima produzida pelo corpo da mãe, após seis semanas de gravidez, que ajuda a desenvolver os ossos do feto. Mas o nome e a droga sintética que vemos no longa são invenções de Luc Besson.

1. O mito dos 10%
Mas afinal, de onde surgiu esse papo de que usamos só 10% de nossa capacidade cerebral? Ainda que não se saiba com certeza, é possível que o mito tenha surgido do trabalho de dois psicólogos da Universidade de Harvard, William James e Boris Sidis. Eles tentavam acelerar o crescimento de uma criança prodígio e diziam que as pessoas usavam apenas uma fração de todo o seu potencial mental.

Uma outra explicação advém da falta de compreensão das pesquisas neurológicas do final do século XIX e do começo do século XX. A anatomia cerebral estava ainda sendo estudada e compreendida em profundidade em uma época em que havia apenas a necropsia para se estudar suas partes mais profundas. Analisando o tecido nervoso, muitos neurologistas do passado perceberam que o cérebro era composto por células gliais que, na época, pensava-se ser de pouca função no cérebro, ao contrário dos neurônios. O mito também pode ter sido reforçado devido a uma má interpretação, que falava que usamos pequenas porções do cérebro ao mesmo tempo, o que pode ter evoluído para o tal dos 10%.

Lucy

Tem na Netflix! Até mais! 🧠

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Comentários

  1. Legal saber que nao sou o unico ser humaninho neste planeta que gostou deste filme.🙂

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  2. A minha parte preferida do filme é ela no banheiro do avião lutando para não se desmantelar. Gostei quando ela virou um pendrive tbm. Eu gosto mto desse filme. Excelente artigo!

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  3. Estou à espera de um reboot de "Lucy e os metaversos" ... 😶

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