10 coisas que você não sabia sobre Gladiador

Com uma sequência prestes a surgir nos cinemas, Gladiador (2000) se estabeleceu como um grande clássico do cinema ao retratar a jornada do ex-general transformado em gladiador, Maximus, em vingar sua família, morta pelo capricho do novo imperador, Cômodo, após a morte de Marco Aurélio. Maximus precisará fazer escolhas muito difíceis para poder chegar ao fim de sua estrada e reencontrar sua esposa e filho.

10 coisas que você não sabia sobre Gladiador

Dirigido pelo calejado Ridley Scoot, o longa contou com 103 milhões de dólares de orçamento, com um tímido retorno em bilheterias de cerca de 460 milhões. Foi indicado a vários prêmios, ganhando quatro Oscars, incluindo melhor filme, melhor ator para Russell Crowe, melhor som, melhores efeitos visuais e melhor figurino.

10. A inspiração
A Dreamworks sempre quis que Ridley Scott fosse o cara na direção de Gladiador, mas ele não tinha bem certeza sobre o projeto. Então, para convencê-lo, o diretor da Dreamworks, Walter F. Parkes, e o produtor do longa, Douglas Wick, disseram a Scott o que queriam fazer com o filme e, para ajudar a visualizá-lo, lhe mostraram uma pintura de 1872 do pintor francês Jean Leon Gerome. A pintura chama-se "Pollice Verso" – que significa “polegar para baixo” – e mostra um gladiador em pé sobre um adversário derrotado na arena. Scott adorou a pintura e isso contribuiu para que ele assinasse a direção do filme.

9. Livro
Gladiador é uma história original, criada por David Franzoni após o sucesso com Amistad. No entanto, como não era um especialista em Roma Antiga, ele recorreu a várias fontes para inspiração. Um deles foi o romance de 1958 Those About to Die, de Daniel P. Mannix. No entanto, esse livro foi renomeado após a estreia do filme e agora é conhecido como The Way of the Gladiator. Daniel P. Mannix também é o autor do livro que deu origem ao filme da Disney O Cão e a Raposa, de 1981.

8. A floresta incendiada
O filme começa no norte da Europa em 180 AC, onde o Império Romano está em batalha com as tribos germânicas. É uma enorme sequência de batalha com centenas de figurantes, explosões e fogo, que levou 20 dias para filmar, e Ridley Scott teve bastante sorte nessa cena, que foi rodada em Bourne Woods, em Surrey, na Inglaterra. A administração florestal da área já tinha escolhido o local para incendiar e desmatar devido a uma doença que atacava as árvores. Scott ouviu falar sobre isso e pediu para rodar as cenas de batalha, ajudando assim a incendiar a floresta no final.

7. Improvisos
Na sequência da batalha, também ouvimos uma das falas mais icônicas do filme. Depois que Maximus informa suas tropas sobre o que eles vão enfrentar, Maximus diz: “Força e honra”. Isso não estava no roteiro, e o próprio Russell Crowe improvisou a fala. Na cena em que Maximus descreve sua casa para o imperador Marco Aurélio, tudo foi de improviso, onde Crowe descreve sua própria casa na Austrália (o roteiro também não estava finalizado quando as filmagens começaram). Joaquin Phoenix também improvisou seu grito de “Não sou piedoso?!”. Connie Nielsen não esperava por ela e sua reação assustada foi genuína.

6. Russell Crowe
O ator não era a primeira escolha para o papel do gladiador. Primeiro pensaram em Mel Gibson, que recusou. Antonio Banderas e Hugh Jackman também foram sondados. Quando Crowe leu o roteiro, não gostou nem um pouco, achando algumas falar engessadas e exageradas. Ridley Scott o convenceu a trabalhar no longa ao revelar que seria ele o diretor. Apesar de não ser um grande fã do roteiro, Crowe realmente se jogou no papel. Ao longo das cenas de ação, ele perdeu toda a sensibilidade do dedo indicador direito por dois anos. Ele também lesionou o tendão de Aquiles, quebrou o pé, quebrou o quadril e rompeu alguns tendões do bíceps direito.

5. Joaquin Phoenix
O antagonista do filme é o imperador Cômodo, interpretado por Joaquin Phoenix. Phoenix foi a primeira escolha de Ridley Scott, mas ele tinha outro nome em mente, caso não desse certo: Jude Law. Phoenix é um grande nome hoje em dia, mas na época, com 24 anos, Gladiador era uma mega produção e ele estava muito nervoso. Volta e meia, para deixá-los mais entrosado com o elenco, Crowe e Richard Harris (Marco Aurélio), o levavam para tomar umas e outras. E Phoenix também pedia que Crowe lhe provocasse e gritasse com ele antes das cenas. Algumas cenas o afetaram muito, como aquela em que ele mata o próprio pai. Phoenix quase perdeu os sentidos com o final da cena.

4. Precisão histórica
Gladiador é uma história de ficção, é claro. Mas há alguns personagens reais no enredo. Ainda que Maximus seja totalmente ficcional, Marco Aurélio e Cômodo foram de fato imperadores romanos. Em 192, Cômodo, declarando-se o novo Rômulo, re-fundou Roma ritualmente, renomeando a cidade como Colonia Lucia Annia Commodiana. Todos os meses do ano foram renomeados para corresponder exatamente aos seus (agora doze) nomes: Lúcio, Aelius, Aurelius, Commodus, Augustus, Herculeus, Romanus, Exsuperatorius, Amazonius, Invictus, Felix e Pius. As legiões foram renomeadas como Commodianae, a frota que importava grãos da África foi denominada Alexandria Commodiana Togata, o Senado foi intitulado Senado Afortunado Commodiano, seu palácio e o próprio povo romano receberam o nome de Commodianus, e o dia em que essas reformas foram decretado seria denominado Dies Commodianus. Cômodo foi assassinado em 192. Após a sua morte, o Senado o declarou inimigo público e restaurou o nome original da cidade de Roma e das suas instituições.

Marco Aurélio não morreu assassinado como vemos no filme, mas sim em Vindobona, um acampamento militar romano na província da Panônia, localizado no local da moderna cidade de Viena, na Áustria, em 180 EC, vítima da Peste Antonina, um surto de varíola que se espalhou pelo Império Romano a partir de 165.

3. Efeito Gladiador
O filme impactou a popularidade da Roma Antiga no imaginário do público, não só nos Estados Unidos, mas nos países onde esteve nos cinemas. O New York Times chamou de “Efeito Gladiador”, e livros como a biografia de Cícero e as Meditações, de Marco Aurélio tiveram picos de vendas logo após o lançamento do longa.

2. Oliver Reed morreu durante as filmagens
Reed era um ator talentoso, mas também um cara tempestuoso e de trato difícil. Suas façanhas com a bebida são bem conhecidas, mas isso afetou seu corpo e sua saúde. Em Gladiador, Reed interpreta Proximo, o ex-gladiador e mercador de escravos que compra Maximus para seu time de guerreiros. Reed, porém, não viveu o suficiente para ver o filme ser finalizado. Durante as filmagens, Reed infartou aos 61 anos.

A situação gerou um grande problema para Ridley Scott, porque Proximo deveria durar até o final do filme. Isso foi mudado após a morte do ator, mas ainda havia o problema de como finalizar sua participação. Um dublê de corpo foi trazido para os sets e a cabeça de Reed foi inserida por computação gráfica, além de várias cenas não aproveitadas de Reed serem reaproveitadas na edição.

1. Ihr seid verfluchte hunde!
Um dos momentos mais icônicos do longa é quando um guerreiro germânico sai da floresta, arremessando a cabeça de um emissário romano e grita: Err seed farflucktah heoondah! Mas as legendas nunca traduzem a fala do guerreiro, apenas apontam "gritando em germânico". Então o que é que ele fala nesse momento?

Muito provavelmente ele quis dizer "Ihr seid verfluchte Hunde!", que em alemão moderno significa "Vocês são (um bando de) cães malditos!" Mas na época em que o filme se passa nem existia uma "língua alemã" comum e sim uma série de línguas e dialetos tribais diferentes, como o anglo, o saxão e o frísio, entre outros, tudo misturado com o latim coloquial trazido pelos romanos e muitas outras línguas europeias.

Gladiador

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SHADOWS AND DUST, MAXIMUS! ⚔️

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