Quem tem livros em casa sabe bem disso: há momentos em que precisamos dar adeus. Poucas pessoas podem se dar ao luxo de ter uma biblioteca pessoal em infinita expansão em seus lares. Mesmo com a popularização dos ebooks e dos e-readers, ainda compramos livros, ainda vemos os livros físicos chegando com a mesma intensidade de antes. E aí fica aquela questão: o que fazer com eles? Como dar adeus àquela leitura que promete?
Às vezes os livros chegam em nossas vidas sem querer. É aquele presente da sua madrinha que ficou 5 anos na estante, é aquela compra por impulso na baciada do mercado, é aquele amigo secreto que você aceitou por educação, é aquele livro que você comprou por causa do hype e nunca leu. Isso pode ser um sinal de que está na hora de passar os livros pra frente. E assim como existem muitos motivos para se ter um livro em casa, também existem muitos bons motivos para não se ter.
Existem duas maneiras de se analisar essa questão: uma é pela intuição, a outra é mais analítica.
A maneira intuitiva
Nossa conexão com um livro pode ser bem passional. Mas assim como a paixão vem, ela também pode ir embora. Dessa forma, pegue aquele livro que está ali encostado, dê uma folheada, leia um trechinho dele. Se a sensação que te causou foi de chateação, de tédio, de desespero, então está na hora deste livro sair da sua vida. Se você não leu o livro e já está sentindo tudo isso, é um bom indicativo de que aquela leitura talvez não seja tão sensacional assim. Eu sei, pode ser que aquele livro seja uma recordação, um presente de alguém. É aí que você tem que pesar os prós e os contras de manter um livro que você não vai mais ler em casa. A meu ver, tendo espaço pra isso, acho que uma recordação é bem-vinda.A maneira analítica
Analisando friamente a questão, apenas faça as contas. O livro está a mais de cinco anos na sua estante? É sobre um assunto que não te interessa mais? Você tentou as primeiras 50 páginas e ficou entediada? Há uma razão concreta para mantê-lo por perto? Você acredita que ele será melhor aproveitado por outra pessoa? Olhe em volta e veja seu espaço. Você tem estantes sobrando, paredes sobrando para colocar prateleiras e assim enchê-las de livros?Não importa como você analisará, interprete isso como uma maneira para avaliar seus gostos literários. Quando você pega aquele livro que ficou encostado será necessário avaliar a importância dele por ali. O que te prende nele? É capa, o tema, o autor, a linguagem? Não te interessa mais? Então por que está ali? Pense que esse é um trabalho que pode abrir espaço para leituras que podem de fato ser significativas. A ideia não é tirar os livros de sua vida, apenas abrir espaço para o que realmente importa.
Agora lembre-se...
Se você mudar de ideia, se percebeu que cometeu um erro ao se desfazer de um livro, você pode comprar um novo, seja novo, seja usado ou até mesmo o ebook. A menos que seja uma edição rara, de colecionador, uma edição única, um livro comum, de capa comum, que você passou pra frente, pode voltar a te interessar anos depois. E tudo bem!
Então se você não tiver certeza sobre passar ou não o livro adiante, faça o seguinte: guarde numa caixa e tire da sua frente. Deixe no guarda-roupa, em algum lugar longe de suas vistas. Se em seis meses (talvez até menos) você não pensou naqueles livros por uma única vez, então eles não são assim tão importantes para ocupar espaço na sua casa.
Não existe um número mágico pra você remover das prateleiras. Você pode ler este texto, olhar para suas estantes e decidir que está satisfeita com tudo nelas. Só você pode dizer o que é útil ou não, o que te satisfaz ou não. Então se estiver disposta mesmo a fazer isso, reserve um final de semana, quem sabe um feriado prolongado, e comece a tirar os livros das prateleiras, dos livreiros, das estantes, que não mais te interessam, que estão só ocupando espaço, aqueles cujo interesse já passou.
Quer saber o que fazer com eles? Então leia este texto aqui!
Até mais! 📚
Esse é um lembrete hahaha Sei que preciso desapegar de alguns livros, abrir espaço para novos, mas ainda tenho dificuldade. Muito raramente releio livros, então sinto que deveria manter apenas aqueles cujo valor sentimental é muito grande, mas acabo mantendo quase todos. Em minha defesa, não tenho dificuldade em emprestar livros e dar esses livros a pessoas interessadas, especialmente crianças.
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