10 coisas que você não sabia sobre O dia depois de amanhã

O dia depois de amanhã (2004) é um filme que derrapa na ciência, mas que mostra, mesmo no exagero, as consequências das mudanças climáticas globais para a população e para a sociedade. Climatologistas percebem que mudanças muito grandes no clima do planeta estão acontecendo e correm para avisar às autoridades antes que seja tarde.

10 coisas que você não sabia sobre O dia depois de amanhã

Dirigido por Roland Emmerich, o longa teve um orçamento de 125 milhões de dólares, tendo faturado em bilheterias pelo mundo pouco mais de 544 milhões. Seus efeitos especiais bem feitos ganharam vários prêmios, incluindo o Bafta.

10. Os cientistas não curtiram
O filme foi passado para um grupo de cientistas antes da estreia e, apesar dos efeitos especiais brilhantes, eles acharam que era uma besteira sem fim. Já o paleoclimatologista de Harvard, Daniel P. Schrag, disse que achou importante ter um blockbuster como aquele falando dos riscos das mudanças climáticas globais, mas que achava perigoso que as pessoas pensassem que a mudança climática global fosse mentira por causa dos efeitos grandiosos do filme.

9. Biblioteca Pública da Cidade de Nova York
A biblioteca da cidade é onde os refugiados acabam aguardando o resgate, queimando livros na lareira. Se você reparar na fachada da biblioteca original, há dois leões de pedra bastante imponentes na entrada, mas que no filme são dois postes de luz. Roland Emmerich não quis pagar pelos direitos de filmagem da marca registrada da biblioteca e optou por filmar apenas nas áreas públicas, filmando o restante em estúdio.

8. Roteiro
Emmerich começou a rascunhar o roteiro do longa enquanto ainda filmava O Patriota (2000). Mas ele parou de trabalhar no filme depois dos atentados de 11 de Setembro, acreditando que um longa que trouxesse uma catástrofe climática sobre a cidade de Nova York não era apropriado na época. Ainda assim, em 2004, quando o filme foi lançado, teve gente que o criticou por mostrar as cenas de destruição na metrópole.

7. Carbon neutral
Emmerich tinha noção de que, ainda que as mudanças climáticas sejam reais, a escala de tempo do filme é absurdamente curta e foi feita assim apenas por razões de entretenimento. Para manter a pegada ecológica do filme, ele pagou 200 mil dólares do bolso para tornar a produção carbon neutral, o primeiro filme de Hollywood a ter essa marca, onde todo o dióxido de carbono emitido pela produção foi neutralizado pelo plantio de árvores e investimentos em energia renovável.

6. Crítica ambiental
A escalação do ator Kenneth Welsh para o papel de vice-presidente deu o que falar quando o filme estreou. Isso porque o ator é muito parecido com o então vice-presidente Dick Cheney, da administração de George W. Blush. Emmerich fez isso de propósito, como forma de crítica à política ambiental de Bush e Cheney e pela oposição ao Protocolo de Kyoto para a redução de gases de efeito estufa daquele governo.

5. Olho da tempestade
O super furacão cujo olho congela imediatamente qualquer pessoa exposta a ele, supostamente, drena o ar supercongelado da troposfera superior em seu centro. Esse ar, na realidade, tem uma temperatura de cerca de -57°C. Mesmo em temperaturas extremas, ela não passa de -80°C e nessa temperatura ninguém congela instantaneamente. Oymyakon, na Sibéria, detém o recorde de lugar permanentemente habitado mais frio da Terra, quando a temperatura caiu para -71,6°C, e ninguém foi congelado na hora.

4. Yahoo! Movies
Em 2008, uma lista feita pelo Yahoo! Movies, classificou O dia depois de amanhã como um dez filmes mais equivocados cientificamente. Ainda que ele tenha tido um efeito benéfico de alertar a audiência sobre os riscos das mudanças climáticas globais, nenhum evento global aconteceria em questão de horas, mas levaria décadas, séculos e até milhares de anos.

3. Jake Gyllenhaal
Originalmente, Sam (Jake Gyllenhaal) e seus amigos tinham 11 anos de idade no roteiro. Mas Roland Emmerich mudou as idades e os descreveu como alunos do ensino médio depois de assistir Jake Gyllenhaal no filme O Céu de Outubro (1999). Ele então perguntou se Jake poderia interpretar um jovem de 17 anos, já que na época Jake tinha 22 anos.

2. Condensação
A condensação que vemos na boca dos atores conforme eles falam no ambiente frio foi toda feita por computação gráfica. Era mais fácil fazer o efeito do que congelar o set inteiro e quase matar os atores de frio.

1. Mas e aí? Pode acontecer?
Ainda que o filme viaje na maionese na maior parte do tempo - até porque isso é uma obra de ficção e não um documentário - há considerações importantes a se fazer a respeito. Primeiro, o filme deixa claro que há sim mudanças climáticas globais acontecendo e que os seres humanos precisarão se adaptar a um clima cada vez mais severo nas próximas décadas.

Segundo, as mudanças que vemos na circulação oceânica apontadas pelo cientista do filme, Jack Hall (Dennis Quaid) não são impossíveis de acontecer, apenas não acontecerão com tamanha rapidez. Dobrar a concentração de CO2 na atmosfera poderia parar a circulação da corrente do Atântico Norte daqui 300 anos. E até o final do século ela pode se tornar um problema, tornando o inverno norte-americano ainda mais severo. Mas essas mudanças na corrente não causariam as mega tempestades que vemos no filme, muito menos um mega tsunami destruindo a Estátua da Liberdade.

Onda gigante atingindo a Estátua da Liberdade

Bora ver de novo? Até mais!

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