Serão necessários alguns spoilers! Se você não leu Declínio, leia a resenha aqui!
O livro
Uma mega horda de zumbis invadiu Woodbury. Tudo pelo o que Lilly lutou por todos aqueles meses foi destruído pela invasão da horda, que tomou a cidade. Entre mortos e feridos, Lilly, seu amigo e paramédico Bob e alguns sobreviventes, entre eles várias crianças estão sobrevivendo no subterrâneo, indo à superfície esporadicamente para conseguir suprimentos.Mas Lilly ainda sonha em retomar a cidade um dia. Retomar o que eles perderam e pelo o que tanto lutaram. Bob tenta ser mais realista. Ele sabe que viver no subterrâneo não é maravilhoso, mas sabe que viver na superfície é ainda mais difícil. Eles são poucos e os zumbis são muitos, tem pouco o que eles podem fazer nesse momento.
Enquanto isso, o pastor Jeremiah encontra um comboio liderado por um padre que está conseguindo sobreviver nesses dias de caos. Mas Jeremiah, sedento por poder e dotado de lábia para enganar multidões, consegue tomar a liderança do comboio e resolve arquitetar sua vingança contra os cidadãos de Woodbury, que atrapalharam seus planos divinos.
Achei este livro bem mais criativo e menos atrelado aos acontecimentos dos quadrinhos. Na série de TV ninguém nunca mais fala de Woodbury, principalmente porque o Governador tacou fogo na cidade depois que foi deposto. Mas os livros apontam para uma tentativa de recobrar a civilização, nem que seja um pouco dela, em meio a um apocalipse zumbi. Esse é o grande mérito dos livros Declínio e Invasão, mas Invasão é mais criativo pela forma como trabalhou dois antagonistas que vão se encontrar e se enfrentar, Lilly e Jeremiah.
Jeremiah fica firme, parado como uma rocha, e não se preocupa, não entra em pânico. Ele ouve a voz do pai, o raspar grave de uísque que provocava um assombro tão terrível na escuridão de seu quarto na maioria das noites: ‘é, ainda que eu ande no vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque sou o filho da puta mais cruel no vale’.
Pg. 176
Porém, ainda acho que não era necessário dividir a história em dois livros. Venho criticando isso desde que comecei a resenhar os livros de TWD e reforço toda vez porque já ficou chato até. Dava para fazer um excelente thriller zumbi com personagens ótimos, cortando cenas que apenas enchem linguiça, mas optaram pelas edições caça-níquel.
Obra e realidade
Fundamentalismo religioso seria algo que, certamente, cresceria num evento apocalíptico, seja ele do que for. Muita gente aproveitadora nos dias de hoje também se aproveitaria numa situação de caos. Aliás, em um mundo em queda, seja por doença, meteoro, zumbis, os elementos básicos como combustível, água, comida e armas ficariam nas mãos de uns poucos privilegiados, que começariam a se transformar em milícias. Todo tipo de abusos poderia começar dessa relação. E grupos historicamente oprimidos seriam ainda mais massacrados nessa situação.Em The Walking Dead vemos que o acesso às armas é muito fácil. Mas no Brasil a pegada seria diferente. Quarteis das Forças Armadas, organizações criminosas, polícias civil e militar, seriam os privilegiados ao acesso às armas, mas quartéis seriam locais que concentrariam muito poder por terem muros, combustível, veículos, estoque de comida e água. Um apocalipse zumbi brasileiro seria bem mais desequilibrado do que aquele que vemos em TWD.
Jay Bonansinga é um escritor e cineasta norte-americano.
Pontos positivos
Reverendo JeremiahLilly e seus amigos
Sobreviênvia
Pontos negativos
MornoMuita violência
1. A Ascensão do Governador
2. O Caminho para Woodbury
3. A Queda do Governador Parte 1
4. A Queda do Governador Parte 2
5. Declínio
6. Invasão
Avaliação do MS?
Este foi um dos livros mais dinâmicos de TWD até agora. Jay foi bem criativo em abordar o assunto do fundamentalismo, em manter Lilly Caul na série e em torná-la uma grande protagonista feminina. Só a presença dela já garante boa parte dos livros, já que em alguns momentos eles caem bastante na qualidade. Quatro aliens.Até mais!
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