Stargate é uma franquia de sucesso, com filmes, séries, e milhões de dólares em produtos licenciados. Mas o mais marcante de tudo isso são suas mulheres. Dificilmente parecidas, cada uma com seus infernos particulares para enfrentar, elas são uma boa amostra de personagens reais em séries de ficção científica. Elas oscilam por caminhos perigosos, erram, precisam enfrentar inimigos alienígenas e ainda tentar levar uma vida pessoal.
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No primeiro post, eu tratei apenas da série Stargate SG-1, por se tratar do maior spin off, com dez temporadas. Então, nesta segunda parte, serão mulheres dos outros dois spin offs menores, Stargate Atlantis e Stargate Universe.
STARGATE ATLANTIS
Elizabeth Weir
Esta série é interessante para quem curte o mito da Atlântida. Aqui, temos uma nave-cidade (sim, ela não só voa como vai para o espaço) que foi afundada no mar de um grande planeta para escapar de um ataque alienígena de grandes proporções. Dez mil anos depois, uma expedição humana vinda pelo Stargate acorda a cidade em uma outra galáxia do grupo-local. Esta equipe é liderada pela Dra. Elizabeth Weir, uma civil em meio a militares. Esse fato por si só já coloca em Weir uma pressão a mais, pois ela sabe o desrespeito que terá que enfrentar ao assumir o comando das missões pelo Stargate e depois da missão de Atlantis.Elizabeth Weir, líder da missão Atlantis. |
Teyla Emagan
Outra mulher de fibra que podemos conhecer em Atlantis é Teyla. Ela é natural da galáxia Pégaso, tendo nascido no planeta Athos. Seu povo, desde tempos ancestrais, precisa conviver com os Wraith, uma perigosa raça alienígena que se alimenta da força vital dos humanos. Ela cresceu vendo familiares e amigos sendo levados nas colheitas, portanto conhece bem o inimigo e o que é sobreviver.Teyla Emagan. |
Jennifer Keller
A dra. Keller entrou para a Expedição Atlantis em um delicado momento para a equipe: eles tinham acabado de perder o médico-chefe em uma explosão e estavam todos ainda muito frustrados com isso. Jennifer entra e já se sente deslocada, duvidando de suas capacidades como médica e como membro da equipe. Os casos muitas vezes são inusitados, além de sua capacidade médica e ela se vê em situações que nunca imaginou estar. Civil, assim como Weir, e sem treinamento adequado para guerra, Jennifer reluta em ficar em Atlantis.Dra. Jennifer Keller. |
STARGATE UNIVERSE
Uma pena que a série acabou prematuramente com apenas duas temporadas. O formato não agradou ao público fã do modelo tradicional, a audiência despencou e a MGM acabou fechando tudo. Mas diferente das outras duas, onde as operações com o Stargate são num lugar fixo, em Universe ela acontece em uma nave há milhões de anos-luz do nosso sistema solar. Parece um Lost versão espacial, mas a ideia tinha muito potencial.
Camile Wray
Camile é civil, tendo trabalhado no conselho que revisa as missões Stargate. Ela se vê presa à nave Destiny, junto de outros membros da Base Ícaro, impossibilitada de retornar para casa e para a esposa. Camile é uma das poucas personagens lésbicas da ficção científica e da televisão e a série soube mostrar os conflitos pelos quais Wray passa, como por exemplo não conseguir ser promovida, sem nem saber exatamente por que.Camile Wray. |
Tamara Johansen
Primeiro-tenente, ou TJ para os amigos, é paramédica e acaba se tornando a médica à bordo da Destiny, tendo que se virar com pacientes doentes, poucos suprimentos, ataques alienígenas e seu conturbado relacionamento com o Coronel Young, com quem teve um relacionamento. Ela terminou tudo pouco antes dos acontecimentos que os levaram para a nave. Young tentou reerguer o casamento, enquanto TJ tentava sair do programa Stargate para cursar a universidade e ficar longe dele.Tamara Johansen. |
Agora, uma crítica à franquia, ou melhor uma segunda crítica, já que a primeira foi sobre o Princípio de Smurfette. Se você acompanhou desde o primeiro post deve ter percebido a predominância de personagens brancos. Tirando Camile Wray, todas as outras são caucasianas, brancas. A série poderia ter explorado isso muito mais do que explorou, ao fazer uma tripulação mais plural, mais inclusiva. Contudo, tenho que aplaudir Stargate por não cair nos clichês óbvios que muitas séries perpetuam com suas personagens femininas. Vemos aqui mulheres militares, mulheres que lutam, que brigam por seus ideais. Elas não são meros receptáculos vazios para complementar os personagens masculinos.
Até mais!
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