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Publiquei uma imagem na página do blog no Facebook sem muita pretensão, apenas para os leitores da página curtirem mesmo. Quem estiver curioso, é só clicar aqui para ver qual é. O que eu não esperava era que ela tivesse mais de 4 mil compartilhamentos, com mais de mil likes e uns 100 comentários. Sem contar a quantidade de curtidas na página em si que eu recebi nesta semana. Foi o mesmo volume de gente, curtindo em poucos dias, tudo o que a página recebeu em todo esse tempo de funcionamento (desde 2011). Quando publico um texto, ele recebe alguns likes e me pergunto se alguém ainda o lê.
Aí, eu vi esse post de um blog que curtia bastante, mas agora anda paradão. Trocando em miúdos, ele dá uma explicação do porque as imagens fazerem mais sucesso que os textos longos. A resposta estaria na diferença entre os nativos digitais e os imigrantes digitais. A diferença básica:
- o nativo já nasceu em um mundo dominado pela tecnologia e pelo fácil acesso à informação.
- o imigrante viu essa tecnologia se desenvolver e se deslocou para ela, querendo ou não.
Neste caso, os imigrantes seriam mais atentos à forma escrita de informação. Os nativos prefeririam a forma mais direta de informação, que seriam imagens, vídeos e memes. Basta ver a quantidade de blogs por aí apostando em vídeo-tutoriais, em textos mais curtos, em imagens e gifs que divertem na hora, mas logo são esquecidos por mais uma imagem, por mais um gif, mais uma informação. E veja a quantidade de seguidores que esses portais possuem.
Mas além da questão de nativos e imigrantes digitais, existe também a preguiça. Já vi ótimos textos compartilhados, em especial no Facebook, que recebem comentários do tipo "num vô lê, muito grande". Mesmo que a informação contida ali seja ótima, esclarecedora, bem escrita, a pessoa não se interessa por ler e ainda admite a preguiça. E não serei hipócrita, tem horas que eu também não tenho saco para ler textos muito compridos. São coisas de momento, às vezes estou cansada, com excesso de informação, que me sinto até oprimida de não conseguir ler tudo o que tem por aí.
Não é apenas preguiça pura e simples, ou incapacidade de interpretação de textos. Isso existe? Sim. Sabemos que existem analfabetos autodidatas que, por vontade própria, pararam de ler e de buscar informação escrita, ou aqueles cujo ensino de Língua Portuguesa muito mal e porcamente o ensinou o beabá e não conseguem compreender ou compor um texto simples. Mas além disso existe também a questão do tempo.
Vivemos correndo, vivemos atulhados de informação, recebendo atualizações das redes sociais e das notícias em painéis pelas ruas, no smartphone, na televisão, no tablet, no computador. Pelo Twitter sabemos que alguém morreu antes mesmo que a TV veicule a notícia. Temos o poder da informação nas mãos com um celular que possua câmera, podendo ser testemunhas de eventos que antes ficariam apenas na lembrança. A oferta é demais para qualquer cabeça. Chega um momento em que preciso filtrar as coisas que chegam a mim ou sei que vou pirar.
Sai daqui, informação! |
A imagem reduz o tempo em que adquirimos a informação. Se a informação é de qualidade ou não, isso é outro papo. Mas um vídeo, uma imagem, um gif, reduzem o caminho que você percorreu até o final deste texto para saber o que eu penso. A informação aqui foi mais longa, nem saberia como fazer caber em uma imagem tudo o que expus aqui, mas a internet já provou estar cheia de gênios que conseguem fazer coisas incríveis. Eu me divirto muito na página Como eu me sinto quando, pois tem momentos em que, com poucas imagens, ela reflete bem meu estado de espírito.
A internet é uma ferramenta poderosa. Uma pena que algumas pessoas parecem não saber usá-la. Podemos trabalhar, nos divertir, estudar, namorar, encontrar pessoas especiais, manter contatos com parentes e amigos que moram longe, produzir conteúdo ou produzir gifs. Mas acho que falta uma melhor administração do tempo para as pessoas que captam rápido uma informação e logo a deixam de lado. Existe um mundo muito rico nas informações escritas também.
Até mais!
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