Explorando o espaço no futuro

Muita gente ficou desanimada - eu, por exemplo - com a aposentadoria dos emblemáticos ônibus espaciais. As gerações seguintes não verão as decolagens ao vivo, nem sentirão aquela expectativa ao ver todo o conjunto de foguetes subindo aos céus. Com as crises econômicas frequentes, ciência e tecnologia sempre são as primeiras a sofrer cortes orçamentários. Nem mesmo a poderosa NASA escapou do apertar de cintos. Mas ainda há esperança.

Explorando o espaço no futuro




As futuras gerações podem sentir a mesma expectativa que sentimos com o programa dos ônibus espaciais, se os planos das agências espaciais pelo mundo derem certo. A NASA é o carro-chefe destes programas e ela vem tentando estabelecer contratos com empresas privadas e vem pensando em alternativas para explorar o sistema solar com maior eficiência do que hoje. O sistema solar, nossa casa, ainda tem muitos mistérios e lugares para visitar e é por aqui, no nosso quintal que devemos começar.

Mas como suprir as necessidades de combustível, reparos e suprimentos para estas missões, sendo que o sistema solar é tão grande?

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Estação Espacial Internacional
Logo acima de nossas cabeças, seria o ponto mais próximo. A EEI já poderia cortar custos se servisse também de estaleiro orbital para a construção de naves ali mesmo. Isso cortaria o combustível que os foguetes gastariam para se soltar da gravidade da Terra. Claro que existem desafios, como por exemplo, construção em baixa gravidade. Mas se a missão de reparos do Hubble serviu para algo mais do que trocar os óculos deste importante telescópio, foi para mostrar que algo assim é possível de fazer.

Pontos de Lagrange
Dos cinco pontos de Lagrange, três são instáveis e dois estáveis. São pontos próximos de um sistema orbital de dois corpos massivos, onde as forças gravitacionais das massas cancelam a aceleração. Existem pontos no sistema Sol-Terra, Sol-Júpiter... Se for necessário utilizar estes pontos para estabelecer ocupações e/ou estações, eles já serviriam para lançar missões, servir como ponto de reparos, reabastecimento e pontos intermediários de retorno e/ou saída da Terra.



Asteroides próximos
Agindo quase como os pontos de Lagrange, os asteroides teriam um adicional: muitos podem ter água, as rochas podem ser usadas como combustível ou fonte de gases e podem servir como fornecedores de matérias primas para construções no espaço, base de operações de busca e salvamento, até residência para mineiros e exploradores.


Lua
Nossa irmã menor forneceria uma morada mais permanente para futuros exploradores, estando mais distante e propícia para missões para outros planetas do sistema solar. Sua gravidade não debilitaria tanto os corpos dos ocupantes e a Lua forneceria materiais para a sobrevivência, como água, que estima-se existir em seu lado escuro, atraindo assim a iniciativa privada para ajudar no financiamento da empreitada.


Marte
O planeta vermelho estimula a imaginação do ser humano como uma possível futura morada, caso a Terra passe por mais dificuldades do que já passa hoje. A gravidade seria benéfica para os habitantes, possíveis recursos minerais poderiam trazer empresas para fazer a exploração e mesmo que o ambiente seja hostil, ele é menos hostil que a Lua, por exemplo.

Ilustração de uma futura exploração espacial.
Ilustração de uma futura exploração espacial.

Mesmo que a exploração espacial seja difícil e cara, não acredito que o ser humano largue a oportunidade de tentar. Tecnologia e ciência vão se expandir, inovações surgirão e toda uma mão-de-obra será necessária para esta nova etapa da civilização. Sei que tem muita gente que acredita que investir tanto em exploração do espaço e em tecnologias tão caras não leva à nada, mas não podemos esquecer que saltos evolucionários aconteceram com inovações justamente na área da tecnologia. O fogo, a roda, o arado... O que poderá acontecer no futuro vai depender da capacidade humana de criar e empreender.

Até mais!

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