Quem me conhece sabe o quanto sou entusiasta da ciência, da exploração do espaço e da ficção científica, que permite que possamos explorar o que ainda é para nós inexplorado. Na verdade, para a ficção científica a exploração ou é feita aos trancos e barrancos ou é feita como se fosse fácil, tal como ir à padaria. Eu sou um tanto pessimista com relação ao momento em que o espaço acontecerá de fato para nós, mas acho que assim que a porta estiver aberta, o ser humano não vai ficar parado.
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O espaço é frio, hostil, solitário e pouco nos oferece. Essa é a visão comumente aceita entre as pessoas. Não há nada lá para o ser humano, gastar tanto dinheiro com isso para que? E as pessoas passando fome? E a miséria, e as guerras? É, concordo, temos muito o que fazer aqui mesmo no nosso planeta.
No entanto, engana-se quem acha que investir em ciência e tecnologia de nada adiantará para resolver nossos problemas. As pessoas esquecem que por trás dos programas espaciais e das pesquisas existem pessoas, seres humanos, mentes pensantes e inventivas. E essas pessoas estão sim contribuindo para um futuro melhor a partir do momento que colocam suas capacidades para trabalhar a fim de resolver problemas e criar coisas novas.
O espaço é de fato frio, hostil e solitário. Assim como a Antártica. Mas fomos capazes de estabelecer bases avançadas na região e conhecê-la. Mesmo com o trágico acidente na estação Comandante Ferraz - uma perda científica de proporções imagináveis, na minha opinião - existem ainda dezenas de pessoas ali estudando, trabalhando e interagindo, compondo um cenário científico e aprendendo.
Sou pessimista sobre o momento em que poderemos nos dedicar à uma exploração significativa do espaço. As dificuldades a respeito da jornada além da nossa atmosfera vão nos segurar e nos manter com os pés no chão por muito tempo. Não vejo ocupação, comércio, políticas e sociedades próprias no ambiente espacial pelos próximos 500 anos, talvez mais. E o motivo é simples: não temos a capacidade técnica, científica e tampouco financeira para isso. Ir ao espaço custa caro e com países em crise, ciência e tecnologia são os primeiros cortes. E temos muitos assuntos a resolver ainda para fazer essa viagem.
A porta está entreaberta para nós, no entanto, abrir e atravessar a rua vai demorar.
Até mais!
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