
Energia. Uma das maiores demandas dos dias atuais é a de geração de energia e de seu suprimento constante. Ela define como nossa civilização se comporta e como progride. Pode também limitá-la, já que nosso padrão hoje não é em geral limpo nem durável, mesmo com todas as tentativas feitas com as energias verdes, o que envolve além de tecnologia, economia e política. Um dia, as fontes esgotarão ou ficarão escassas e nossa sociedade precisará passar por uma revolução na tentativa de se adaptar a este cenário.
O modo como se usa e gera energia é uma marca das civilizações. O que antes era puramente muscular mudou, passando a usar a energia acumulada nos combustíveis fósseis quando a complexidade de nossa estrutura social aumentou. Interessante notar que cada vez que as sociedades chegaram ao gargalo energético, uma mudança no modo de obtenção e geração aconteceu.
Se formos pensar então, a energia é uma excelente maneira de medir o grau de avanço de uma civilização, pois isso mede a capacidade de criação de tecnologia. Foi pensando nisso que o físico russo Nikolai Kardashev, em 1964, fez um estudo científico pioneiro sobre quais parâmetros podem ser utilizados para encontrar outras civilizações pelo cosmos e como elas seriam baseadas na forma de obtenção e geração energética. Assim surgia a Escala de Kardashev, que apontava três níveis de civilizações. Porém, em anos posteriores, foram adicionados o nível zero e o nível quatro. Mas no que ela se baseia? Pelo Universo, é possível encontrar três tipos de objetos celestes:
- planetas;
- estrelas, e;
- galáxias.
Se fosse possível extrair plenamente a energia deles, investindo isso em tecnologia, como seriam as civilizações?
Nível 0

Nível 1

Nível 2

Nível 3

Nível 4

Carl Sagan fez algumas correções na Escala de Kardashev e colocou a raça humana no nível 0,72, ou seja, transitando entre um e outro, com base na nossa produção e acúmulo de informações. O problema é que não temos um meio eficiente de obter energia sem detonar com o ambiente antes e sem evitar o desperdício dela (pelo calor em geral). Nem sabemos se vamos conseguir sobreviver ao próximo século com as mudanças ambientais severas que estamos experimentando (sobreviver na questão energética).
Talvez esta seja uma passagem de fogo de toda civilização e estes níveis existindo ou não, são um bom indicativo de como devemos progredir no futuro. Porém, muitas coisas precisam acontecer, muitas revoluções precisam eclodir para que uma mudança na consciência humana consiga elevar a civilização a ponto de não se destruir. Não creio que veremos isso acontecer, nem as próximas cem gerações. Mas se o passado serve de alguma coisa, é como uma advertência.
Até mais!
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Sybylla uma correção, Watt (W) é medida de potência e não de trabalho. Joules sim são usados tanto para medidas de energia quanto trabalho.
ResponderExcluirCorrigido, obrigada!
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