Em um mundo com uma cultura tão rica e diversa como o nosso, não é de se estranhar que existam tantas mulheres fortes na mitologia. Elas desempenham muitos papéis, algumas chegando a ser demonizadas de tão temidas. Essas mulheres não apenas fizeram parte de nossas histórias mitológicas, mas também desempenharam um papel vital no estabelecimento de várias culturas.
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São mulheres com vontade própria, que confiavam em suas sensibilidades e eram abençoadas com uma perspicácia aguçada. Elas podiam representar tanto o amor como a guerra, sendo guerreiras ferozes, bruxas aterrorizantes e mulheres sensuais. E aqui tem uma lista com dez delas!
Inanna
Ou Ishtar, deusa da beleza, amor, guerra, justiça e fertilidade dos sumérios. Também era associada ao sexo, à lei divina e ao poder político. Foi originalmente adorada na Suméria sob o nome de Inanna, e mais tarde pelos acadianos, babilônios e assírios sob o nome de Ishtar. Era conhecida como "a Rainha do Céu" e era a deusa padroeira do templo Eanna, na cidade de Uruk, que foi seu principal e mais antigo centro de culto.Era associada ao planeta Vênus e seus símbolos mais proeminentes incluíam o leão e a estrela de oito pontas. Seu marido era o deus Dumuzid (mais tarde conhecido como Tammuz) e seu sukkal, ou assistente pessoal, era a deusa Ninshubur (que mais tarde se confundiu com as divindades masculinas Ilabrat e Papsukkal). Muito amada pelos assírios, eles a elevaram como maior divindade de seu panteão.
Ajá
Ajá é uma Orixá, o espírito da floresta, dos animais que nela habitam e das ervas que curam. Em suas florestas, ela encontrava plantas com propriedades medicinais e as misturava outras partes de plantas para encontrar curas para os doentes. Ajá compartilhou muito de seu conhecimento com os humanos esperando que alguém viesse e a encontrasse para compartilhar. Essa pessoa geralmente era um xamã em treinamento.Acredita-se que se alguém é levado por Ajá e depois retorna, torna-se um poderoso “jujuman” ou Babalaô. A viagem teria uma duração entre 7 dias a 3 meses, e acredita-se que a pessoa tinha ido para a terra dos mortos ou para o céu. Ajá é considerada uma das mais raras Deusas da Terra porque ela se revela aos humanos não para feri-los ou assustá-los, mas para ajudar. Ela também atende pelo nome de "vento selvagem".
Bai Mudan
Bai Mudan (白牡丹; literalmente Peônia Branca), também romanizado como Pai Mu-tan, é uma personagem da mitologia chinesa, descrita como a cortesã mais bonita da cidade de Luoyang e uma reencarnação da fada Peônia. É uma deusa linda e sensual, mas também repleta de intenções honrosas. É sua sagrada tarefa tentar os ascetas a manter seus votos. Seu nome, 'peônia branca', é uma flor que na tradição chinesa oferece a proteção desta deusa.Algumas lendas descreviam Bai Mudan como uma cortesã arrogante que gostava de humilhar seus clientes. Segundo o Feijianji, romance popular na Dinastia Ming, Bai Mudan era uma garota comum (não uma cortesã) que foi seduzida por Lü Dongbin, um lendário estudioso e poeta chinês que disse ter vivido durante a dinastia Tang. O chá de peônia branca é muito popular e apreciado na China.
Ereshkigal
Conhecida por muitos nomes, incluindo Allatu e Irkalla, Ereshkigal era uma deusa na mitologia da Mesopotâmia capturada pelo dragão demoníaco do submundo, Kur, um nome sinônimo do submundo. Muitos deuses viajaram para resgatar a deusa, mas quando mataram Kur, Ereshkigal havia se estabelecido em seu papel como a deusa e a nova rainha do submundo.Conforme ela ganhou poder com esse título, as pessoas instantaneamente começaram a demonizar Ereshkigal. Seu nome e o nome do Submundo mudaram para Irkalla, e suas ações se tornaram questionáveis. Ela chegou a sequestrar o deus da guerra, Nergal, para forçá-lo a se casar - assim como Hades fez nos mitos gregos. Diz-se até que Ereshkigal foi a base para Kore, que mais tarde se tornou Perséfone, na mitologia grega.
ItzliItzpapalotl
Na mitologia asteca, a deusa guerreira ItzliItzpapalotl é associada à Borboleta Negra e é atende pelo nome como 'a Borboleta Obsidiana'. Governante de Tamoachan, o paraíso onde os deuses criaram a raça humana e para as vítimas da mortalidade infantil, ela é comandante das Tzitzimine e é esposa de Mixcoatl. É considerada o arquétipo coletivo de anciã sábia ou bruxa poderosa.Diz a lenda que ItzliItzpapalotl caiu do céu junto com as Tzitzimine entre outras criaturas como sapos e escorpiões, vestindo um manto invisível para que ninguém a pudesse ver. Acreditava-se que ela aparecia maquiada como uma dama da Corte Mexicana, com pó branco e colorido. Seus dedos da mão são garras de jaguar e os dedos dos pés são garras de águia. Os astecas também a chamavam de Tlazolteotl, deusa da imundice e devoradora de "pecados".
Louhi
Louhi ou Lovatar é uma deusa que assume muitas formas e tem muitos nomes. Ela é a filha cega do deus da morte. Lovatar deu à luz nove doenças mortais, incluindo a peste, a esterilidade e o câncer. No poema épico finlandês Kalevala, Lovatar assume a forma de uma poderosa bruxa que muda de forma, chamada Louhi, que luta ferozmente contra os protagonistas do épico. Mais tarde no poema, Louhi tenta roubar o sol, a lua e as estrelas.No mundo contemporâneo, ela é amada por muitos dos músicos de black metal finlandeses contemporâneos. Ela é descrita como uma mulher má, desdentada e de nariz pronunciado. Louhi tem grandes poderes mágicos e pode mudar de forma, mudar o clima e os movimentos do sol e da lua, curar e dar à luz criaturas e monstros bizarros. Ela era temida e respeitada por suas habilidades. Também conhecida como a Senhora de Pohjola (a Terra do Norte), Louhi também é vista como uma líder resoluta e inteligente de sua comunidade.
Atalanta
Acredita-se que Atalanta era filha de Iasus, filho do rei Licurgo da Arcádia, e Clymene, filha de Minyas da Beócia. Outros textos contam que o pai de Atalanta foi Schoeneus ou Maenalus. Seu primeiro grande feito heroico foi participar da caça ao javali de Cálidon, uma luta contra um animal monstruoso. Apesar de ser contra o amor, Atalanta se casou com Hipômenos depois que ele a venceu em uma corrida.Atalanta era uma das mortais mais rápidas da Grécia, mas Hipômenos usou maçãs douradas de Afrodite para distraí-la, ganhando assim a corrida e sua mão. Infelizmente, ele se esqueceu de agradecer adequadamente a Afrodite, e a deusa os encheu de luxúria enquanto estava no templo de outro deus. Este deus ficou com raiva e os transformou em leões. Não é o final mais feliz, mas Atalanta foi uma das mulheres mais radicais da mitologia grega.
Tefnut
Ou Téfnis, é a divindade da umidade, do ar úmido, do orvalho e da chuva na antiga religião egípcia. Ela é a irmã e consorte do deus do ar Shu e a mãe de Geb e Nut. Era representada com a cabeça de uma leoa, usando um disco solar com cobras e segurando um cajado e o Ankh, o símbolo da vida. Os egípcios eram muito cuidadosos em manter seu culto e temiam ofendê-la, pois quando ficava irritada, poderia causar milhares de mortes.O Egito dependia, e ainda depende, do rio Nilo e das chuvas em um território praticamente deserto. Dinastias inteiras poderiam cair e um faraó poderia ser amaldiçoado caso as águas do reino secassem. Assim, ninguém mais além de Tefnut poderia fornecer as chuvas que o povo e as colheitas precisava para sobreviver. Filha da divindade solar Atum-Rá, era a avó de Osíris, Ísis e Seth.
Hel
Hel governa o reino dos mortos na mitologia nórdica. Ela está viva da cintura para cima e morta da cintura para baixo. Hel não apenas tinha o trabalho crucial de julgar os mortos, mas também teve um papel importante e terrível na escatologia nórdica. O papel de Hel era liderar um exército de mortos em um navio feito de unhas de cadáveres. Hel trazia o fim do mundo com ela, personifica uma mulher de personalidade forte na mitologia.Hel era uma das filhas de Loki, e dizia-se que seu reino se estendia para baixo e para o norte. Chamava-se Niflheim, ou o Mundo das Trevas, e parece ter sido dividido em várias seções, uma das quais era Náströnd, a costa dos cadáveres. Havia um castelo voltado para o norte, cheio do veneno de serpentes, no qual assassinos, adúlteros e mentirosos sofriam, enquanto o dragão Nidhogg sugava o sangue de seus corpos. Dizia-se que aqueles que caíam em batalha não iam para Hel, mas para o deus Odin, em Valhalla, o salão dos mortos.
Draupadi
Draupadi foi uma princesa heroica do épico hindu Mahabharata. Firme e inflexível, nascida do fogo, é impetuosa e obstinada. Draupadi não é uma mulher comum na mitologia. Sempre pronta para revidar e até vingar injustiças cometidas contra ela ou aos seus, Draupadi é conhecida por sua beleza, coragem e um raro casamento poliândrico.Buscou vingança contra os Kauravas, que tentaram despi-la, mas foi salva pela intervenção divina de Krishna. Draupadi e os Pandavas são exilados por 13 anos. Eventos significativos durante este período incluem uma tentativa de sequestro por Jayadratha e a morte de Kichaka. O exílio é seguido pela Guerra Kurukshetra, onde Draupadi perde seu pai, irmãos e seus cinco filhos. Após a guerra, ela reassume seu papel de imperatriz por 36 anos, após os quais se retira para o Himalaia junto com seus maridos.
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