10 coisas que você não sabia sobre O Preço do Amanhã

O Preço do Amanhã (2011) é um filme bastante subestimado e não me conformo com o fato de ele ser pouco comentado, já que é brutalmente atual. No futuro, o envelhecimento é suspenso aos 25 anos. O tempo vira moeda corrente e um relógio digital é implantado no braço das pessoas desde o nascimento. Quem tem tempo, tem dinheiro. Mas Will Salas (Justin Timberlake) verá sua vida mudada para a sempre quando ele resgata um bêbado de um assalto.

10 coisas que você não sabia sobre O Preço do Amanhã

Escrito, produzido e dirigido por Andrew Niccol (mesmo diretor de Gattaca), o longa contou com cerca de 40 milhões de dólares de orçamento, faturando tímidos 174 milhões em bilheteria, ganhando status de filme cult anos depois. Ele acabou sendo mais rentável do que Gattaca, ainda que os críticos considerem o primeiro filme de Niccol melhor.

Tempo é a moeda agora. Nós ganhamos e gastamos. Os ricos podem viver para sempre e o resto de nós? Só quero acordar com mais tempo disponível do que algumas horas durante o dia.

10. Relógios
Alguns dos sobrenomes dos personagens do longa são em homenagem a famosos (ou não) relojoeiros. O sobrenome de Phillipe Weis, o ricaço do filme, é em homenagem ao suíço Albert Wajs (a pronúncia é igual). Salas, sobrenome do protagonista, também é uma marca de relógios.

9. Mãe
No enredo, todo mundo para de envelhecer aos 25 anos. Você ganha mais um ano de vida e depois precisa correr atrás do restante do tempo se não quiser morrer imediatamente. A mãe de Will Salas tem 50 anos, mas é interpretada por Olivia Wilde, que é só três anos mais velha que Justin Timberlake.

8. Datas
O filme se passa em 2169, mas a tecnologia que fez parar o envelhecimento e a troca da moeda corrente pelo tempo aconteceu em 2015. Will Salas nasceu em 2141 e Sylvia Weis (Amanda Seyfried) em 2142.

7. In time
Inicialmente, o filme se chamaria I'm.mortal. Depois o nome foi alterado para Now. Até que enfim chegou ao nome In Time, que ficou O Preço do Amanhã no Brasil.

6. Salto alto
Amanda Seyfried admitiu em uma entrevista que a coisa mais difícil sobre o filme foi correr de salto alto. Ela até poderia ter retirado os sapatos, mas correr descalça em piso de concreto teria machucado (ainda mais) seus pés, então ela teve que ficar com eles mesmo.

5. Relógios
Todos os relógios do filme seguem esse formato: YYYY.WW.D.HH.MM.SS (anos, semanas, dias, minutos, segundos). O diretor preferiu utilizar semanas ao invés de meses, porque semanas tem dias fixos, enquanto os meses variam de tamanho, de 28 a 31.

4. Los Angeles
As locações de Dayton, o distrito pobre onde Will Salas mora, foram gravadas principalmente nos bairros de Boyle Heights e em Skid Row, em Los Angeles. As cenas do bairro rico de New Greenwich foram gravadas em locações mais nobres da cidade como em Century City, Bel Air e Malibu. Todos os mapas que vemos no filme são de Los Angeles.

3. Metáfora
A mensagem do filme é bem óbvia e brutalmente atual: tempo é privilégio para poucos. Enquanto os ricos podem manter milhões de anos dentro de um cofre, os pobres são explorados apenas para sobreviverem mais um dia. A ideia do longa é a da revolta contra um sistema de exploração e distribuição de renda, neste caso de tempo, para manter as pessoas vivas e não apenas um grupo privilegiado.

2. O cofre
Vemos em uma determinada cena a combinação de abertura do cofre de Philippe Weis, onde está uma fortuna em tempo: 12 2 18 09. Essa é a data de nascimento de Charles Darwin, 12 de fevereiro de 1809. É uma forma de mostrar que a sociedade conseguiu superar a evolução biológica ao parar o envelhecimento das pessoas.

1. Processinho
Em 15 de setembro de 2011, o escritor e editor de ficção científica, Harlan Ellison (sempre ele), entrou com um processo contra a produtora New Regency, o diretor Andrew Niccol e várias pessoas envolvidas no longa por violação de direitos autorais. Ellison alegava que a ideia do filme tinha sido retirada de seu conto "'Repent, Harlequin!' Said the Ticktockman", de 1965. Ele afirmava que, pelo menos, uma menção ao seu nome deveria ser colocada na abertura. No fim, Ellison desistiu do processo ao assistir o filme.

O Preço do Amanhã

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Comentários

  1. Não vi esse filme até a presente data, sequer sabia da exotencia do mesmo, mas ao ler a resenha, não tem como não lembrar-me de um Conto que li numa edição da RevitA Playboy, na década de 70 ainda. O tal conto chamava-se 'Tempo é Dinheiro' e como o mesmo impressionou-me, busquei-o novamente nas redes sem sucesso. Ao ler a resenha acima vou buscar ver o filme citado, mas acredito que o Autor do tal conto que citei e cuja similaridade me impressiona, foi Harlan Ellison, tenho quase certeza agora.

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  2. Dentro do gênero ficção científica, esse filme e "11° andar" são excelentes, mas subestimados e não entendo o porquê. Talvez a divulgação na época não tenha sido boa. O que gosto nele é que dá pra fazer um paralelo com a teoria da mais-valia de Karl Marx, onde o trabalhador é explorado recebendo apenas o mínimo da sua produção apenas para se manter vivo e trabalhar no dia seguinte.

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  3. Eu amo esse filme. Vi com meu irmão numa madrugada insone da vida e até hoje ele é tema de conversas entre nós e nossa família. Talvez ser-mos historiadores, questões relacionadas ao valor do tempo nos toca e mobiliza muito.

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