Palavras, palavrinhas, palavrões

Ahhhh, as palavras!

Que coisas incríveis!

As palavras me encantam. Gosto de buscar suas origens, saber seus diversos significados, ver a magia de colocá-las em ordem a fim de contar uma história, um causo, uma cena, fazer as pessoas conhecerem outras - reais ou imaginárias.

Palavras, palavrinhas, palavrões

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AS PALAVRAS POSSUEM UM PODER SECRETO. ESSA FORÇA PODEROSA POR TRÁS DELA PODE NOS OFENDER, NOS AGRACIAR, NOS ELOGIAR OU MESMO NOS FERIR. AS PALAVRAS, ASSIM COMO QUALQUER CRIAÇÃO HUMANA, PODEM SER USADAS PARA DIVERSOS FINS. AS MESMAS PALAVRAS QUE CRIARAM SONETOS, CANÇÕES, ROMANCES E POESIAS PODEM SER USADAS PARA LEVAR PALAVRAS DE ORDEM, AUTORIZAR EXECUÇÕES, LEVAR PESSOAS À GUERRA. PODEM GARANTIR DIREITOS UNIVERSAIS, PODEM PREGAR MANDAMENTOS DE AMOR, CARIDADE E RESPEITAR PAI E MÃE.

aprendi desde muito cedo a amar as palavras no colegio de freiras franciscanas onde estudei boa parte da vida do fundamental 1 ao medio nos eramos estimulados a frequentar a biblioteca desde a primeira serie onde tivemos que levar uma foto 3X4 pra fazer carteirinha depois podiamos entrar no horario de funcionamento em qualquer periodo pegar livros estudar lembro de fazer muitos trabalhos a mao ali claro que nao era uma biblioteca tao recheada na epoca mas lembro bem de gastar muitas horas la dentro em casa eu tambem tinha acesso a livros e minha mae nao se importava de gastar para compra-los para mim caso a escola pedisse

As plraavas são tão icnríeivs que, msmeo etsnado ecsriats eradras ou ebmrahaldaas, vcoê é cpaaz de cmorpdeener o que etsá ecstrio. Nssoo créerbo cnoesuge iednitfaicr as plraavas, dsede que a piremria e a úmtlia ltera etseajm no lguar crteo. O rseto, ele cmopelta. Não é invírcel uma csioa dasess??

Sujeitos, predicados, substantivos e adjetivos. A plasticidade de nosso idioma e a entrada de palavras de fora criaram um idioma rico e até mesmo difícil de compreender. Do football ao futebol, nossa palavra adapta as outras. Das palavras em árabe começada com a e al surgiram as famosas palavras alicate, alface, azeite, alecrim. Da garagem ao sutiã, de Moema a Ibirapuera, as palavras brotam de culturas diferentes e nem mesmo percebemos a riqueza. As palavras formam o idioma, esse grande condomínio, do tamanho do mundo, com pedaços de culturas de todos os lugares.

Já percebi que tenho muito mais facilidade com as palavras escritas do que ditas. Nunca sei exatamente o que penso sobre alguma coisa até sentar para escrever. Falar em sala de aula é, mais ou menos, como seguir um roteiro, então sempre me virei bem, mas no contato com as pessoas, podem parecer que não tenho nenhuma perícia em lidar com as palavras. Posso soar uma série de coisas que não me representam. Por isso que sempre prefiro que as pessoas me leiam antes de qualquer coisa.

Dizem que quem fala palavrões com frequência é uma pessoa que tem maior vocabulário e uma maior compreensão das palavras. Caralho, que demais essa porra, véio!

A escrita é tão importante que é um marco histórico. Ela separa a Pré-História da História, pois é quando passamos a registrar os acontecimentos. Fosse para etiquetar jarros de azeite ou para rituais de mumificação, fosse para o comércio ou por questões religiosas, a raça humana sentiu necessidade de botar em pedra, argila, papiro, pergaminho, papel e e-ink nossa história, nossos acontecimentos.

As palavras estão por aí. Gravadas, cantadas, gritadas, pixadas e grafitadas, GRANDES, pequenas, em porras de palavrões. Palavras nos cercam. Palavras nos definem, nos moldam. Temos nomes próprios, damos nomes a órgãos sexuais e a cachorros, gatos, periquitos, peixes, papagaios. Como seria um mundo sem as palavras? Como essa junção de sons da garganta e a habilidade de segurar papel, pena, nanquim ou digitar palavras em quadradinhos pode ser tão poderosa?

Dream Big

Não tenho palavras para descrever o que sinto sobre isso. E você?

Até mais!


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