Resenha: O Exterminador do Futuro: Gênesis (2015)

Não sei para onde a franquia de Terminator vai, pois já retorceram tanto a linha do tempo que se mostrar um exterminador inventando a roda eu não vou mais me espantar. Gênesis chegou aos cinemas brasileiros no começo de julho, demorei para ver por pura preguiça e acho que usei bem o meu tempo por ter evitado o longa por tanto tempo.






O filme
O ano é 2029. A Resistência, liderada por John Connor, conseguiu desferir um golpe preciso e letal sobre a Skynet. Mas antes da ofensiva bem sucedida, a Skynet conseguiu enviar um T-800 para o passado com a finalidade de matar Sarah Connor (Emilia Clarke), mãe de John. Kyle Reese (Jai Courtney), braço direito do líder, logo se voluntaria para ser enviado ao passado para impedir o robô, mas enquanto flutua no campo da máquina, ele vê John sendo atacado e recebe memórias de sua infância em 2017. Kyle fica confuso e retorna ao passado, revivendo a famosa cena do primeiro filme, protagonizada por Michael Biehn.


Mas ao chegar no passado, Kyle é logo atacado por um T-1000 (Lee Byung-hun) e é Kyle quem é resgatado por Sarah. O T-800 chega, mas é destruído por outro T-800, que é o guardião de Sarah. Kyle não entende nada e teme o robô, afinal na realidade dele as máquinas querem matar seres humanos. É quando Sarah e seu guardião revelam como construíram uma máquina do tempo improvisada e Sarah planeja viajar para 1997, quando a Skynet se torna auto-consciente. Mas Kyle sabe que o futuro mudou. Eles precisam ir para 2017, já que suas memórias lhe mostram que a linha do futuro está diferente.

Já em 2017, Sarah e Kyle chegam no meio de um viaduto, são presos e quem aparece como oficial do governo?? John Connor! Enquanto isso, Sarah e Kyle descobrem que a Skynet é chamada de Genesys (Gênesis), um sistema operacional prestes a entrar em funcionamento e que está em contagem regressiva em telões pelo mundo. E agora a coisa fica muito confusa. John não é bem John. A Skynet no futuro transformou o líder da resistência no inimigo e agora o pau quebra. Aliás, acabaram com John Connor, pois a gente tem quatro filmes falando que ele é o salvador da humanidade e de repente o cara concorda com a Skynet.

Eu curti muito Emilia Clarke como Sarah. Acho que ficou uma homenagem bem digna à Sarah de Linda Hamilton. Kyle Reese está durão e teimoso, bem do jeito do Kyle original de Biehn. O Exterminador guardião artrítico e com problemas de "idade" também ficou foda e até a reconstrução do jovem Schwarzenegger ficou muito boa. O problema é a quantidade de informações que estão disponíveis no filme que foram jogadas a esmo e acabaram lotando o filme de coisa inútil. Tá, Sarah foi resgatada pelo Exterminador quando criança. Por que? Quem mandou ele pra lá?


Todas as homenagens feitas às cenas anteriores dos outros filmes mais parece uma recauchutada na franquia do que um novo filme que celebre essas obras. Isso tem bastante a ver com a falência da The Halcyon Company, que era a detentora dos direitos originais. A ideia era fazer de EdF: A Salvação o primeiro de uma trilogia, mas problemas legais e até o leilão dos direitos interrompeu a produção da continuação. Este novo filme era para ser um longa em 3D, mas novamente houve problemas com os direitos.

São tantas situações, explicações e linha do tempo e o KCT que o filme ficou chato. Tínhamos material aqui o suficiente para rodar mais três filmes de Exterminador, já que os personagens passam o longa inteiro só explicando as coisas.

Ficção e realidade
O futuro muda o tempo todo com as decisões que tomamos. Tentar antecipar o futuro é sempre complicado porque erramos quase sempre. O Exterminador do Futuro não é tanto sobre extermínio da raça humana, mas sim sobre como lidar com o futuro. Sarah Connor foi parar em um hospital psiquiátrico porque não conseguiu lidar com ele e acabou surtando.

T-1000

Há também uma crítica à evolução das máquinas. Temos visto hoje em dia as discussões sobre os drones e de sua regulamentação, que falta, já que os drones estão se popularizando. Há uma discussão sobre o uso de robôs com maior intensidade e na substituição de seres humanos no mercado de trabalho. Esse é um dos pontos mais válidos de toda a franquia do Exterminador. A questão do futuro que não conseguimos prever nem definir e o uso amplo de máquinas a ponto de elas se tornarem conscientes.


Pontos positivos
Amelia Clarke
Jai Courtney
Efeitos especiais
Pontos negativos
John Connor
Excesso de informações
Final óbvio

Título: O Exterminador do Futuro: Gênesis
Título original: Terminator: Genisys
Direção: Alan Taylor
Data de lançamento no Brasil: 2 de julho de 2015
Duração: 126 minutos


Avaliação do MS?
Não era para o filme ter saído tão ruim. Mas eles jogaram um monte de informações e os personagens ficaram o tempo todo explicando a linha do tempo, e a Skynet, e a missão, e o John e Whiskas sachê e no final o enredo ficou super confuso. Se eles tivessem seguido apenas uma dessas informações como, por exemplo, o resgate de Sarah quando pequena, o longa ficaria muito melhor. Dava para fazer mais duas sequências bem feitas só com o tanto de coisa que colocaram em Gênesis. Um apena. Só dois aliens.


Até mais.


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