Acho que em geral as pessoas não pensam muito no que nos torna um ser humano. Ter nascido em um determinado país ou cidade o torna um cidadão, mas o que nos dá a denominação de ser humano, se ser algo neste universo, neste planeta, é algo muito difícil de definir. E não sei se será possível um dia definir.
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Eu sempre me peguei pensando, enquanto assistia às séries de ficção científica, o que categorizava aquele indivíduo como um ser humano, sendo que ele não tinha nascido na Terra. Por não podermos andar no espaço nem explorar as estrelas com a Enterprise, não temos bem a noção sobre o que é ser um humano. É nascer na Terra? É ser bípede? É ser capaz de criar ferramentas? São tantas perguntas, que não sabemos exatamente como analisar.
No filme Jornada nas Estrelas, Insurreição, o androide Data está danificado e uma equipe da Frota Estelar presa num planeta de gente pacífica. O capitão Picard fica surpreso de ver uma sociedade tão simples, pastoril, ter a capacidade de concertar circuitos positrônicos e até capacidade de dobra. E Anij, uma das mulheres da vila, diz que eles tinham a capacidade, mas não queria perder aquilo que fazia deles humanos.
Se formos definir que o ser humano é um ser bípede, com funções avançadas no córtex superior, capaz de criar ferramentas e de aperfeiçoá-las de acordo com as necessidades pessoais e da sociedade, teremos problemas se encontrarmos uma raça alienígena capaz de fazer o mesmo. Se definirmos que ser humano é alguém que nasceu na Terra, o que dizer de uma colônia humana em Marte por exemplo? Talvez poderíamos usar alguma proteína ou enzima que exista apenas na fisiologia humana para nos definir, junto com todas as características conhecidas acima. Talvez desta forma sejamos diferentes de uma raça alienígena que possua o arcabouço anatômico semelhante ao nosso (olhos na frente da cabeça, polegar opositor, etc.)
Ahnn, Houston... temos um problema... |
Poderíamos, quem sabe, usar também a definição de Homo sapiens. Seres viventes do gênero Homo, primatas mamíferos originários da África, cuja anatomia moderna data de 200 mil anos. Mas ainda assim não abarcaria todos os humanos que não mais moram na África, nem na Terra num futuro distante. E como definir isso para uma raça alienígena hipotética que queria definir o que somos? A contagem de anos para eles pode ser insignificante...
Fica a questão de como nos encaixarmos neste universo. Aqui na prisão terrestre somos todos humanos, mas lá fora podemos não ser. Como manter isso?
Até mais!
Muito legal o texto, me fez refletir e abrir, expandir meus horizontes!
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