Pálida dona do firmamento

É muito difícil imaginar o céu noturno sem sua beleza. Muito difícil imaginar lobisomens, vampiros e amantes sem seu brilho leitoso e a vigilância constante. A Lua é o satélite natural da Terra, tendo ¼ do seu tamanho, tanto que alguns cientistas classificam como um planetoide e junto com a Terra formaria um sistema duplo de planetas.

Pálida dona do firmamento

Lua vem do latim luna, que era uma deusa romana das fases lunares. O equivalente grego era Selene, filha dos titãs Hiperion e Téia e, portanto, irmã de Hélio, o sol, e de Eos, a aurora. Para os celtas, sua importância era ainda maior. Era Cerridwen, (lê-se Querríduen), Deusa Tríplice, pois se mostrava em três diferentes formas: donzela, mãe e anciã (os ciclos da vida). Era comumente associada à Lua, que era o Sagrado Feminino, a energia movedora da Terra, da agricultura, das colheitas, do ciclo reprodutivo feminino, da gestação e do poder de criação da vida.

A presença da Lua é essencial para o planeta, pois ela, junto com o Sol, são responsáveis pelas marés. Pouca gente sabe, mas ela está se afastando de nós depois de tantos bilhões de anos de parceria. Os oceanos tendem a acompanhar os movimentos orbitais lunares e este efeito causa um atrito com as profundezas oceânicas o que atrasa a rotação da Terra cerca de 0,002 por século. Parece pouco, mas a Lua se afasta de nós cerca de 3cm por ano.

As similaridades entre a geologia da Terra e da Lua são tantas que supõe-se que esta última tenha se formado quando um corpo celeste mais ou menos o tamanho de Marte, chamado Theia, teria colidido com a Terra ainda nos primórdios da formação do sistema solar, quando ambos eram corpos incandescentes e inabitáveis. O choque Theia-Terra teria desprendido uma grande massa de destroços da proto-Terra, que mais tarde se aglutinou para formar a Lua.

A própria superfície lunar lembra muito à superfície terrestre. Escarpas, crateras, feldspatos nas rochas e basalto, rocha tipicamente vulcânica e muito comum na Terra (a terra vermelha do estado de São Paulo, é derivada deste tipo de rocha).

Os nossos meses com mais ou menos trinta dias foram primeiramente baseados nos 28 dias da fase lunar. Médicos e enfermeiras, numa estatística não oficial, alegam que na lua cheia são mais frequentes os partos e os ferimentos por brigas. O próprio ciclo reprodutivo da mulher dura cerca de 28 dias. Parece até ser de propósito.

A conquista da Lua pelos norte-americanos (alguns dizem até que não aconteceu), não tirou o fascínio que ela exerce e sempre exerceu na humanidade. São tantos os mitos e sonhos envolvendo este pálido corpo celeste que mal podemos imaginar um planeta sem ele. Uma pena que ele está nos deixando aos poucos, como os amantes que teimam em não se despedir sob o luar.

Até mais!

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