
Era também o deus das vendas, do comércio e das mercadorias, tanto que seu nome deriva da palavra latina merx, que quer dizer mercadoria ou referente a mercado. Engraçado, pois justo ontem vi uma reportagem da Superinteressante que um cientista fez um cálculo (cuja fórmula não foi divulgada) em que ele pôs um preço na Terra. É, isso mesmo, preço. De acordo com os cálculos de tamanho, idade, importância para a humanidade e mais alguns outros parâmetros, a Terra vale algo em torno de 3 mil trilhões de libras, ou mais ou menos oito mil trilhões de reais. Alguém se arrisca a pagar?
Mercúrio é um planeta pequeno, apenas 40% maior que a nossa Lua. A superfície também é bem semelhante, com crateras de impacto, mostrando o passado violento que sua formação teve. Se estivéssemos em sua superfície, correndo o risco de morrer pela radiação ou queimados pelo calor intenso, veríamos o Sol cerca de duas vezes e meia maior do que vemos aqui na Terra. No lado iluminado, ele tem uma temperatura pouco agradável de no máximo 450°C e no lado escuro algo em torno de -170°C. Não é um bom lugar para estabelecer bases humanas numa futura ocupação, a menos que algum minério valioso e escasso na Terra valha o risco, em algo semelhante ao que fizeram em Avatar. A diferença é que o planeta do filme é quase paradisíaco, enquanto Mercúrio é uma caldeira fervente e lenta, que leva cerca de 176 dias terrestres para completar um dia.
Se aquele cientista fizesse o cálculo, quanto será que Mercúrio valeria? Eu arrisco dizer pouco. Se o futuro provar que ele é importante, quem sabe o nosso parco salário mínimo consiga comprá-lo?
Até mais!
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