Na escola eu lembro que não aprendi quase nada sobre ele. Bem, acho que nada descreve melhor. Só fui saber o que ele era, como funcionava e qual a sua importância bem depois, por intermédio da Superinteressante e do Discovery Channel.
O Sol é uma estrela, bem parecida com aquelas que existem no céu. Ela é amarela, pequena se for comparar com a maioria das estrelas do universo, mas tem algo que é excelente para fazer a vida aparecer: ela é constante, não tem picos gritantes de emissão de energia e tem uma vida longa, algo em torno de 10 bilhões de anos. Apesar de ser uma estrela, nós conhecemos mais coisas sobre o nosso Sol do que sobre as outras estrelas espalhadas por aí. Mas como isso? É como diz Chico Anysio:
O cara casado com D. Maria há cinquenta anos entende de D. Maria e não de casamento.
Ou seja, o Sol está no nosso quintal enquanto as outras estão distantes demais. E o fato de ser a estrela do nosso sistema, afeta e muito a vida na Terra quando ocorrem as explosões solares. A imagem ao lado é de uma dessas explosões que aconteceu no dia 24 de fevereiro e durou cerca de 90 minutos. O Sol tem um período de mais ou menos 11 anos onde ele fica bastante ativo para depois dormir novamente. E entramos em um período de intensa atividade, o que gera estas grandes emissões de partículas carregadas como a da imagem.
Ejeção de massa coronal |
Os cientistas usavam uma classificação específica para medir as explosões solares: Classe X são as explosões maiores e mais poderosas; Classe M são explosões médias mas já consideradas de grande dimensão, e Classe C são as mais fracas. Essa da imagem é classe M, mas no dia 15 de fevereiro, foi uma classe X, que pode causar sérios problemas em Terra, como queda de energia, interrupção das telecomunicações e panes em satélites, além das belas e perigosas auroras boreais. Isso mostra a vulnerabilidade da sociedade diante de eventos cuja magnitude escapam do nosso raio de ação. O Sol gerou a vida na Terra, mas também a controla e pode destrui-la ou no mínimo afetá-la muito.
O Sol funciona colidindo dois átomos de Hidrogênio para gerar o elemento Hélio. O resultado dessa colisão é emissão de energia luminosa extremamente poderosa. É errado a gente achar que ele também emite calor, pois o calor do planeta, por exemplo, é gerado pelo aquecimento da superfície. Se fosse assim, o espaço não seria um lugar gelado. Mas um dia esse combustível vai acabar e já antes que isso aconteça, a vida na Terra desaparecerá. Ou o ser humano estará extinto ou deu um jeito de migrar. (Relaxa, isso vai levar alguns bilhões de anos para ocorrer.)
Mas se formos pensar na simbologia que o Sol tem e todos os mitos que surgiram por sua vez, veremos que ele é a peça chave nas religiões e até no preferido dia da semana da maioria das pessoas: o domingo, sunday em inglês (dia do sol). Era tão importante no Antigo Egito que existiam três divindades a ele associadas: Rá, Amon e Aton. Algumas correntes teóricas associam a ascensão das religiões monoteístas aos cultos primitivos ao Sol. Há inclusive uma teoria que diz que os seguidores do faraó herege Akhenaton foram expulsos do Egito (O Êxodo) e ao se estabelecerem na região da Palestina fundiram crenças com os povos presentes, o que originou o judaísmo e consequentemente o cristianismo.
Mitos a parte, não devemos esquecer que a mesma poeira das estrelas distante no céu faz parte de toda e qualquer matéria. E que por mais ignorantes que sejamos, não podemos nos ver como se não fizéssemos parte do universo. O Sol está mostrando quem está no comando.
Até mais!