Deus dos Deuses

O grande poderoso do sistema solar, depois do próprio Sol, claro, é Júpiter. Se ele fosse oco, caberiam mil Terras em seu interior. De tão grande, ele age como um imã que atrai grandes meteoros e cometas, impedindo que caiam nos outros planetas, como o nosso.

Deus dos Deuses

Seu nome é romano, vem do grande deus Júpiter, também chamado de Jove ou Jovis, o deus dos deuses, e tem similaridades com o deus grego Zeus, apesar de existirem outros deuses relacionados a Júpiter na mitologia. A história conta que o grande deus Saturno soube que um de seus filhos o tiraria do trono divino. Para impedir que isso acontecesse, ele começou a devorar suas próprias crias assim que vinham ao mundo. Sua esposa, cansada de ver os recém nascidos mortos tão jovens, entrega uma pedra ao marido assim que Júpiter nasce, e ele não percebe o engano. e a engole. Criado pelas ninfas na floresta em Creta, ele é alimentado pela cabra Amalteia, até a idade adulta.

O grande planeta foi descoberto por Galileu bem como quatro de suas maiores luas, sendo que Júpiter tem mais de 60 delas. As quatro maiores são Io, Ganimedes, Europa e Calisto - chamadas de galileanas. Composto por hidrogênio e hélio, ele provavelmente possui um núcleo metálico de elementos pesados. Ele inicia a linhagem dos planetas Jovianos, os gasosos. Possuídor de finíssimos anéis, o que mais chama a atenção são suas luas, entre elas Europa, que assume-se seja feita de gelo, com água líquida embaixo da camada congelada, indicando que talvez tenha vida. Io é um dos poucos lugares do sistema solar que possui atividade vulcânica, algo incomum para um satélite natural por causa de seu tamanho, mas o campo gravitacional de Júpiter é tão intenso que comprime e aquece o núcleo de Io, criando vulcões. A Grande Mancha Vermelha é um imenso sistema de tempestades que engoliria três Terras se fosse possível. Tudo nele parece ser grande para nossos padrões.

Quem não se lembra de Júpiter em 2001, Uma Odisséia no Espaço? E quando ele se transforma num segundo Sol? Observado desde a Antiguidade, ele sempre fascinou os antigos observadores pela rapidez com que cruzava os céus.  Os babilônicos o associavam com Marduk, chineses, vietnamistas, coreanos e japoneses o nomearam de estrela de madeira É o quarto objeto mais brilhante no firmamento. Sua extrema gravidade afeta o sistema solar desde sua formação e talvez não estivéssemos aqui se não fosse sua presença. Talvez por isso, corretamente, os astrólogos hindus o nomearam em homenagem a Brihaspati, o professor dos deuses, o mentor e guru, pesado de conhecimento. Coincidência? Talvez. Mas sua imponência no céu era percebida por vários povos, tanto que os vikings o associavam a Thor, o grande deus do trovão, que deu origem ao nome da quinta-feira no inglês (Thursday) e no castelhano (Jueves).

Impossível dissociar certos aspectos e impossível ignorá-los. Impossível não enxergar sua influência sobre nós, mesmo que pareça tão sutil. Ele não seria o grande guru, pai de todos à toa nem seria considerado o pai da civilização romana. Grandioso como é, grandioso deve ser seu tratamento.

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