10 coisas que você não sabia sobre O Feitiço de Áquila

O Feitiço de Áquila (1985) é um dos meus filmes favoritos! Já perdi a conta de quantas vezes o assisti. Em uma época medieval, um casal é amaldiçoado pelo pérfido bispo de Áquila, inconformado com o amor do casal. Eis então que um jovem ladrão escapa dos calabouços e se torna uma esperança para salvar Isabeau e Navarre da maldição!

10 coisas que você não sabia sobre O Feitiço de Áquila

Dirigido e produzido por Richard Donner (o mesmo diretor da franquia Máquina Mortífera, Os Goonies e Superman), o longa teve 20 milhões de dólares de orçamento, mas teve um retorno de bilheteria de apenas 18,4 milhões. Foi indicado a dois Oscars da Academia, mas saiu sem estatuetas. Apesar disso, o longa se tornou um filme cult pouco depois de seu lançamento.

10. Produção
Richard Donner tentou financiar o filme por vários anos e esteve perto de fazê-lo duas vezes, uma vez na Inglaterra e outra na Tchecoslováquia. Ele finalmente conseguiu o projeto na Warner e na Fox, um dos primeiros projetos conjuntos dos dois estúdios. Originalmente, Kurt Russell foi escalado como o Capitão Etienne Navarre, ao lado de Michelle Pfeiffer. O papel do batedor de carteiras foi oferecido a Sean Penn e depois a Dustin Hoffman, antes de Donner decidir por Matthew Broderick. Eventualmente, Russell desistiu durante os ensaios e Rutger Hauer foi escolhido para substituí-lo, a quem originalmente foi oferecido o papel do vilão, o Bispo de Áquila. Outros atores sondados para o papel de Navarre foram Sean Connery e Mel Gibson.

9. O cabelo de Isabeau
O imaginário popular sobre princesas é bem específico: longos cabelos, vestidos esvoaçantes, um príncipe em um cavalo branco. O Feitiço de Áquila inverte muitas dessas suposições, a começar pela imagem de Isabeau. Foi Michelle Pfeiffer, que estava no auge da carreira depois de Scarface, quem sugeriu a Donner o corte de cabelo curtinho de Isabeau e um figurino menos feminino. Isso ia contra o que o próprio diretor pensou para a personagem, mas Michelle disse que "não queria andar por aí com um vestido branco esvoaçante, com longas tranças penduradas, interpretando uma linda princesa brincando na floresta.” Donner acabou acatando a sugestão da atriz, o que deu muito certo.

8. Trailer
Quando Rutger Hauer aceitou o convite de Donner para interpretar Navarre por telefone, ele disse ao diretor: “certifique-se de ter uma vaga para estacionar meu trailer de quase 20 metros”. O diretor riu, presumindo que o ator estava fazendo uma piada sobre as estrelas de Hollywood e suas acomodações luxuosas e enormes no set. No entanto, Hauer falava muito sério, ele tinha mesmo seu próprio trailer, que tinha 17 metros de comprimento. O próprio ator construiu o veículo e o dirigiu pessoalmente pela Europa até as locações na Itália.

7. O falcão e o lobo
Lobos e falcões de fato ficam com um parceiro por toda a vida. Para as gravações, três falcões e quatro lobos foram usados para retratar o casal amaldiçoado. Tratadores de animais experientes coordenaram os animais nas locações e os acostumaram à presença dos atores. Para os falcões, três aves foram utilizadas em horários diferentes para evitar estresse. Um dos falcões era bem desobediente para filmar, já que gostava de ficar no braço de Hauer. Enquanto isso, quatro lobos siberianos (Akeela, Kollchek, Levi e Sasha), foram importados da Califórnia para interpretarem o transformado Navarre à noite. Spike II, o falcão fêmea que aparece no pôster e em várias cenas de close, faleceu em 2007 em um santuário para aves de rapina em Nova York. Nesta época ela se chamava Ladyhawke e recebia centenas de visitantes fãs do filme.

6. Goliath
O belo cavalo negro que Navarre monta, Goliath, era um garanhão frísio de 19 anos, nativo da Holanda, chamado Otelo. Otelo era da artista de circo Manuela Beeloo e era muito bem treinado e cuidado por Manuela, que o emprestou para a produção pela calma do cavalo em viajar e se apresentar em diversos países. O filme não foi um grande sucesso nos cinemas, mas foi nas locadoras, o que despertou o interesse de muitos criadores de cavalos ao ver aquele belo garanhão em cena. O interesse fez o número de cavalos frísios nos Estados Unidos dar um salto nos anos seguintes e a raça é popular até hoje.

5. Esgotos
As filmagens levaram cinco meses durante o outono e o inverno europeus. E isso gerou vários momentos estressantes para os atores. Matthew Broderick filmou por dois dias numa água congelante na cena nos esgotos de Áquila. Embora esta fosse uma cena bem curta no roteiro, a natureza da produção do filme significava que demorava alguns dias para ser filmado completamente. Posteriormente, Broderick teve que ficar na água fria e turva nas filmagens naqueles dias. Em boa parte do tempo, o ator recebeu isolamento de roupa de mergulho sob seu figurino, mas isso não foi permitido em certas cenas quando seria visível na câmera.

4. Peso
Não foram apenas as condições climáticas adversas que provaram ser um teste de resistência para o elenco. Os trajes também causavam considerável desconforto, principalmente no caso de Rutger Hauer, já que muitas vezes ele era obrigado a usar uma armadura completa de cavaleiro. Ainda que este não seja o filme historicamente mais preciso já feito, os figurinistas e a equipe de adereços se esforçaram pela autenticidade do período. Como tal, as armaduras e espadas usadas por Hauer e outros soldados eram feitas de metal de verdade e, consequentemente, eram bem pesadas. Hauer afirmou que o peso do traje e da espada combinado com o esforço físico de filmar cenas de luta fez com que ele perdesse quase dez quilos ao final da produção.

3. Disparada
Em uma cena, o capitão Navarre diz a Philippe Gaston para cavalgar até o castelo de Imperius para salvar a vida do falcão e dá um tapa nas ancas de seu cavalo para fazê-lo cavalgar. No entanto, na primeira vez que a cena foi filmada, Hauer deu um tapa forte em Otelo e ele disparou morro acima e rumo ao horizonte, com Matthew Broderick gritando em cima. O cavalo era poderoso demais para Broderick parar, então tudo a equipe podia fazer era sentar e esperar que eles voltassem.

2. Onde e quando o filme se passa?
Sabemos que é na Europa Medieval, mas por se tratar de um filme com muitos elementos mágicos, ele meio que empresta nomes e lugares de vários países. Por exemplo, Áquila é uma comuna italiana da região dos Abruzos, com cerca de 72.948 habitantes, fundada em 1230. Mas Isabeau é filha do conde D'anjou e o Condado D'anjou, ou Andegavia em latim, foi um condado e depois ducado francês, no século XIV, que foi posteriormente absorvido pelo domínio real francês em 1482 e permaneceu como província do reino até 1790.

O quando é mais complicado, porque o marketing do filme apenas diz "uma lenda europeia medieval do século XIII". Durante o século XIII ocorreram 246 eclipses solares, sendo apenas 60 deles totais. E o eclipse solar mais longo daquele século, com mais de 6 minutos de duração, aconteceu em 24 de junho de 1256. Navarre comenta que em sua espada há uma pedra de seu pai, simbolizando as Cruzadas e se ele lutou em uma delas, é provável que tenha sido a Sétima Cruzada (1248-1254).

1. Lenda medieval?
O estúdio propagandeou que o filme era baseado em uma lenda medieval verdadeira e o mito perdurou depois do lançamento. Mas não é verdade. O roteiro é pura invenção do veterano roteirista Edward Khmara. Khamara, roteirista de Inimigo Meu (1985) e Dragão - A História de Bruce Lee (1993), porém não ficou feliz com a forma como o estúdio usou a história para se vender como verdadeira, o que violava seus direitos autorais e processou a Warner Bros, em um acordo resolvido fora dos tribunais e com valores não divulgados. Mas nem isso fez o estúdio remover o papo de ser baseado em uma lenda dos materiais de marketing.

O Feitiço de Áquila

Bora ver de novo?? Ele está disponível no Star+!

Até mais! 🐺

Já que você chegou aqui...

Comentários

Form for Contact Page (Do not remove)