Resenha: The Siege of Sirius, de Eddie R. Hicks

The Siege of Sirius, de Eddie R. Hicks, é uma leitura ainda de 2017. Uma autopublicação do autor que faz parte de um universo maior - Splintered Galaxy - mas que é uma leitura solo; você não precisa conhecer o enredo principal para ler este aqui. Com personagens cativantes e um enredo que envolve várias raças alienígenas, seres humanos estão tentando colonizar as estrelas depois de uma guerra.





O livro
Começamos no meio de um ataque alienígena na Terra. Rebecca e sua mãe sobrevivem, mas seu pai se perde para sempre. Apaixonada pela exploração espacial, ela sobrevive às adversidades, vendo a Terra se tornar aliada de espécies alienígenas: a União Radiance e o Império Hashmedai. O cessar fogo e os acordos de paz tornaram a Terra um lugar onde todas as raças, até mesmo os beligerantes Hashmedai, podem conviver em relativa tranquilidade.


Eis que um dia Rebecca é chamada por seus superiores: ela conseguiu um comando, a ESRS Carl Sagan, cuja missão é ir até o sistema Sirius e lá colonizar um planeta. Esta é uma das diversas naves de uma frota de naves científicas destinadas a colonizar as estrelas. Será uma viagem longa, de décadas em criosono para chegar, mas Rebecca e sua tripulação estão confiantes.

Com uma tecnologia bem explicada e em doses certas, conhecemos um pouco mais a tripulação variada que está embarcando na Sagan conforme Rebecca e seu primeiro oficial selecionam os oficiais. A nave leva uma tripulação para controlar a nave e outra para colonizar o primeiro planeta que surgir nos sensores. Além disso, a própria nave pode ser desmontada para pousar na superfície e servir de prédios e habitação. Ou seja, é uma viagem sem volta.

Sendo uma nave científica, ela não tem tantas defesas ou poder de fogo. Quando eles acordam e se aproximam de um planeta que parece apresentar marcas de civilização, Rebecca decide ir até a superfície. Isso desencadeia uma série de acontecimentos catastróficos. Uma frota agressiva quase destrói a Carl Sagan e Rebecca e alguns tripulantes ficam presos em um planeta esquisito, com portais interplanetários, onde várias raças alienígenas convivem sob o poder opressor de uma criatura que posa de deus todo poderoso.

Não tem muitas coisas aqui que você, leitora assídua de FC, já não tenha visto em outras space operas por aí. Mas o autor conseguiu fazer isso sem parecer algo batido, algo que a gente já leu antes. É bom ler coisas de sempre com uma nova roupagem, se você souber como fazer isso. Há também bastante mitologia misturada às raças alienígenas e reviravoltas que te mantém na leitura, pois você quer muito saber o que está para acontecer. Raças alienígenas, astronauta no passado e poderes telecinéticos também aparecem, mas sem parecer forçado ou antiquado.

A capitã Rebecca é minha personagem favorita; ela é decidida, seu comando não é questionado, sabe lutar pelo o que acredita e tem uma missão a cumprir. O autor soube colocar personagens bem construídos, que têm papel definitivo na trama e raças alienígenas que conseguem sair do mais do mesmo. Se você torce o nariz para uma autopublicação, não deveria torcer para este livro. Espero que os livros deste mesmo universo sejam tão bons quanto este.


Ficção e realidade
Eu sou bem pessimista no que se refere a contatos imediatos e aliens aparecendo em naves sobre a nossa cabeça. Acredito sim que exista muita vida espalhada por esse universão afora, tanto unicelular, quanto vida complexa e até vida inteligente capaz de criar tecnologia, mas não acredito que possamos encontrá-las ou nos comunicar com elas. O tamanho do espaço e a complexidade das viagens interestelares já dificultam e muito nossa saída em busca destes seres.

E além de ser difícil encontrá-los, quem garante que poderemos compreendê-los? Baseamos nossos alienígenas da ficção em nós mesmos porque é mais fácil na hora de dar vida e voz a estes personagens. Contudo, o que existe lá fora pode ser tão exótico, tão bizarro, tão não-familiar que talvez nunca consigamos compreender, catalogar ou até mesmo nos comunicar com ela.

Pontos positivos
Space opera
Bem escrito
Aliens e diversidade
Pontos negativos
Em inglês
Repetição de termos
Final em aberto

Título original: The Siege of Sirius
Autor: Eddie R. Hicks
Série: Splintered Galaxy
Editora: Independente
Ano: 2017
Páginas: 376
Onde comprar: na Amazon


Avaliação do MS?
Peguei esse ebooks sem nenhuma expectativa, porém foi uma grata surpresa encontrar um livro bem escrito e com todos os atrativos para fãs de space operas. Com explicações científicas na medida, bem como as extrapolações, o livro agrada quem é fã e pode laçar os não-fãs. Quatro aliens para o livro uma forte sugestão para você ler também.


Até mais!


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Comentários

  1. Obrigado pela dica Sybylla! Estou procurando mais literatura em inglês para não ficar enferrujado no idioma. Acredito que ler livros é ótimo nesse sentido e se for Sci-fi melhor ainda :D !!!!

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