5 lições da capitã Janeway para todas nós

Nesta semana da mulher, de 1º a 8 de março, portais nerds feministas se juntaram em uma ação coletiva - Ação Nerd Feminista - para discutir de temas pertinentes à data e à cultura pop, trazendo análises, resenhas, entrevistas e críticas que tragam novas e instigantes reflexões e visões. São eles: Collant Sem Decote, Delirium Nerd, Ideias em Roxo, Momentum Saga, Nó de Oito, Preta, Nerd & Burning Hell, Prosa Livre, Séries Por Elas, Valkírias, Psicologia&CulturaPop. #WeCanNerdIt #FeminismoNerd #8deMarço




Star Trek Voyager é considerada uma das séries de TV mais feministas que já foram feitas. Não é de se estranhar, portanto, que seja também uma das séries mais odiadas por aqueles que se dizem fãs de Star Trek. Nesta série temos não apenas uma capitã que é cientista, como mulheres em posição de destaque, que não precisam provar que são boas para estarem lá e que discutem sobre tudo, de depressão, abuso à motor de dobra, astrometria e engenharia de propulsão.

E é a capitã Janeway, a líder desta nave perdida tão longe de casa, que nos traz ensinamentos importantes, que saem da televisão e desembarcam diretamente em nossas vidas.


5. Aproveite a jornada
Uma das coisas mais importantes a respeito de Star Trek em geral é que a jornada é mais importante que o destino. Especialmente no caso de Janeway, cuja nave está tão longe do espaço da Federação. Suas missões, antes de qualquer porto final, é que transformam a humanidade. Sem a arriscada viagem de Zefram Cochrane, os Vulcanos nunca teriam entrado em contato conosco. É necessário sempre ir além, buscar novos horizontes, ser audaciosa e aprender com os desafios que encontramos pelo caminho. E não se deixar intimidar por aqueles que dizem que não vamos conseguir.


4. Ganhe e compartilhe conhecimento
Janeway era curiosa, criativa, persistente, uma cientista. Engajada e com os preceitos da Frota Estelar na cabeça, ela não perdia a oportunidade de estudar pulsares, nebulosas e quasares. Ela sabia que a jornada de volta para casa era longa, mas era preciso aprender tudo o que fosse possível neste lugar estranho e não cartografado, pois ela sabia que havia um bem maior: o bem da raça humana como um todo, bem como de todas as outras espécies com quem tinham contato. Conhecimento é e deve ser sempre universal.


3. Seja curiosa e questionadora
Uma das principais lições que Janeway ensina à Sete de Nove, a Borg desconectada e que tenta encontrar a si mesma, é que é preciso ser curiosa, algo que para a mente de um Borg é algo um tanto incompreensível. Se a raça humana quisesse apenas obter conhecimento científico, ela não teria construído naves estelares, teria apenas mandado sondas ao espaço profundo. É preciso ver e tocar as coisas, manusear, desmontar e reconstruir. E se algo não estiver certo ou se você não entende algo, pergunte, questione o por quê de ser daquele jeito. Não se deixe intimidar pelo outro, pois sem questionamentos, a humanidade nunca teria saído da idade da pedra.


2. Sempre aja corretamente
Assim que Star Trek Voyager estreou muita piadas misóginas surgiram. Uma delas dizia que somente uma mulher para se perder a 70 mil anos-luz de casa. E muitos diziam que o capitão Kirk não perderia tempo em voltar para casa, ao invés de destruir a estrutura que transportava as naves de um lado a outro da galáxia. Na verdade, ela agiu seguindo os princípios da Federação e da Frota Estelar. Janeway não podia obter ganho ou vantagem em cima do sofrimento de outros. É um princípio tão enraizado na cultura da Federação que ela preferiu sacrificar seu retorno a ser responsável pelo prejuízo de outro. É decepcionante ver fãs justamente de Star Trek preferindo prejudicar o outro se isso lhe trouxer algum ganho pessoal.


1. Você terá seus dias ruins, mas eles não te definem
Cinco anos perdidos no Quadrante Delta começam a cobrar seu preço. Quando a nave fica presa em um espaço sem estrelas, planetas, ou qualquer desafio por semanas a fio, a capitã se deprime, pensando se sua ação tinha sido correta. Por conta de sua decisão, a nave estava longe de casa, com uma tripulação forçada a conviver com sua ação. Mas sua tripulação deixa é direta e reta: a jornada deve continuar, todos eles juntos. E juntos eles vão superar as dificuldades. Desentendimentos surgirão, mas desunidos eles são mais fracos. O que nos remete ao bordão feminista bem conhecido de: juntas somos mais fortes. Sempre.


Se você nunca assistiu a Star Trek Voyager, a série está disponível na Netflix, junto de todas as outras séries. Bora lá ver?
Até mais!

Já que você chegou aqui...

Comentários

  1. Queria que tivesse um livro com as histórias de star trek Voyager

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    1. Existem vários livros derivados de Star Trek Voyager, só que em inglês.

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  2. Vi a serie, a li alguns dos livros, pena que só estão em inglês. Anda, quem sabe um dia...Amo Janeway.

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  3. Os pontos 1 e 2 ficam bem claros quando comparamos a Capitã Janeway, com o Capitão Ransom da USS Equinox. ( EQUINOX Part 1 e 2 - 5x26/26.05.1999/#120-6x01/22.09.1999/#121 )
    Ao mostrar como as decisões do Capitão Ransom o levaram a subverter todos os princípios da federação, perdendo assim boa parte de sua tribulação, conseguindo bem mais inimigos que a Janeway, e levando a destruição da USS Equinox.
    Talvez, esses Eps, tenham sido feitos para dar um tapa na cara de muitos trekkers da época... rsrs

    Ps.: Voyager é minha série favorita de toda a franquia ST.

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