The Wicked + The Divine é uma das mais elogiadas HQs dos últimos anos e alguns fãs já cobram uma adaptação para o cinema ou para a televisão. Um mundo onde deuses encarnam nas pessoas e são astros do mundo pop, mas que não vivem para sempre e muitas vezes estão em pé de guerra uns com os outros. Para ler essa resenha pop, dê o play!
A HQ
A cada 90 anos 12 deuses reencarnam em seres humanos, porém eles viverão por apenas 2 anos. São amados, odiados, invejados, mas uma coisa interessante é que esses deuses não são obcecados em se meter na vida dos humanos. Eles querem apenas curtir a vibe, pronto e acabou. Vivendo só por dois anos, dane-se, né? O que eles querem é viver intensamente.A história é contada do ponto de vista de uma adolescente super fã desses deuses, chamada Laura que, após assistir a um show orgásmico de Amaterasu, conhece Lúcifer ou Luci para os íntimos. Acontece uma confusão em seguida, com dois homens armados atirando contra a sala onde estão Laura, Luci e outras pessoas. Luci detona com os caras, mas vai presa. E no julgamento, outra confusão acontece, colocando Luci na cadeia. Ela diz dessa vez é inocente, no entanto.
Laura acaba entrando neste submundo divino na esperança de livrar a barra de Luci. Há uma crítica severa ao mundo efêmero das celebridades e da cultura pop, onde nomes e estilos surgem e desaparecem na mesma velocidade. Laura também fica conhecendo outros deuses deste Panteão e o que é mais legal é que são deuses de diversas culturas, não ficamos com divindades greco-romanas apenas.
Os deuses são bem diferentes uns dos outros. Enquanto uns pendem para o desprezo ao ser humano, outros se importam mais com as pessoas. Lindamente ilustrado e colorido, as cenas são vívidas, uma explosão de cores e expressões em cada página virada. Admito que esses fatores me encantaram mais do que o enredo em si que me parece desconexo, ao menos neste volume. Como existem outros - e o próximo volume já está à venda - acredito que algumas coisas sejam melhor explicadas.
O protagonismo de Laura, por exemplo. Por que Luci a escolheu? O final dá uma pista para o destino de ambas, mas ainda assim o que a destacou no começo? Outra coisa que me incomodou, alguns dos diálogos parecem sem pé nem cabeça em um determinado momento e fica aquele momento solto no meio do enredo, meio que sem função. Mas existem muitas referências à cultura pop, como Luci parecer David Bowie e Madonna ao mesmo tempo, além de várias pinceladas sobre Morrissey, Nick Cave, Patti Smith, Siouxsie Sioux, The Beatles, entre outros.
A edição da Geektopia está linda, de verdade. Capa dura e impressão de qualidade.
Obra e realidade
Enquanto na mitologia os deuses acabam se usando de muitos subterfúgios para interagir com humanos, em The Wicked + The Divine eles reencarnam na nossa pele. Possuindo pessoas comuns, vivendo intensamente, como se eles sempre tivessem desejado a nossa mortalidade e nossa vida frágil e trágica. Fiquei pensando como seria viver em uma sociedade onde os deuses fossem seres de carne e osso, bem ali ao nosso alcance. Como seriam as religiões? Existiriam cultos novos devotados a esses deuses efêmeros?
Pontos positivos
Deuses
Diversidade
Traço e cores
Pontos negativos
Final em aberto
Pode ser confuso em algumas partes
Deuses
Diversidade
Traço e cores
Pontos negativos
Final em aberto
Pode ser confuso em algumas partes
1. The Wicked + The Divine
2. Fandemônio
3. Commercial Suicide
4. Rising Action
5. Imperial Phase I
Avaliação do MS?
Mesmo com os problemas que esse volume têm, ele vale à pena não apenas pelo enredo, pelos personagens diversos (ainda que todos sejam altos, magros e joviais), mas as cores, o traço e as inúmeras referências à cultura pop. Ansiosa para continuar no volume dois! Quatro aliens para a HQ e uma recomendação para você ler também.Até mais!
Eu adoro a arte e todas as referências pops de The Wicked.
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