Convivência humana é algo bastante complicado. Envolve muitas variáveis, laços familiares, amizade e sentimentos contraditórios como amor e ódio. A caminhada humana pelo espaço não está isenta de problemas. Ao contrário, acredito que estes sentimentos irão se intensificar, a solidão especialmente.
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Quem assistiu ao filme Alien, o Oitavo Passageiro (1979), deve se lembrar da Ripley, a única sobrevivente da nave Nostromo. Também deve lembrar das tensas relações que existiam dentro da nave entre os tripulantes, preocupados com o bônus da companhia. Ripley parece fria e insensível, mas procura o gato Jones por metade da nave antes de ir embora pela cápsula de fuga. Sobre isso, o diretor do filme, Ridley Scott disse:
Fiquei pensando sobre essa relação da Ripley com o gato que a acompanha até o filme seguinte (Aliens, o Resgate - 1986). Ao contrário dos colegas humanos, o gato oferecia um amor incondicional, isento de qualquer sentimento egoísta que a tripulação pudesse ter. Estar em uma nave, no espaço, deve impor uma constante sensação de insegurança, de isolamento, seja pelo perigo das viagens espaciais, seja pelo hostil ambiente fora da nave e a impossibilidade de pedir socorro (e recebê-lo).
Um ditado diz que nosso lar é onde nosso coração está. Mas como fazer de uma nave um lar? Em especial se você trabalha em condições assim, afinal a Nostromo fazia operações de mineração. A viagem durava meses seguidos, tanto que era preciso viajar em câmaras de estase, em animação suspensa, para baratear custos muito provavelmente.
Lembro de um episódio de Jornada nas Estrelas, A Nova Geração, em que o capitão Picard questionava a presença de crianças em naves estelares. Para ele, era inadequado manter tripulação familiar, em vista dos perigos que a tripulação corria ao lidar com a exploração espacial e com alienígenas. No entanto, esse contato familiar seria necessário para expedições e missões que demandassem muito tempo, que é o caso de Aliens, onde apenas a tripulação estava embarcada.
A sanidade e o conforto de uma tripulação serão essenciais para o sucesso da exploração espacial. A hostilidade do espaço exigirá isso, é preciso ter cooperação. No entanto, manter uma tripulação em conforto físico e emocional é caro. Temos visto cancelamentos de programas espaciais o tempo todo em decorrência da crise financeira de países ricos e desenvolvidos. Mesmo que uma exploração do espaço profundo no estilo Alien ainda pareça um tanto distante, não podemos esquecer que trabalhar com pessoas é sempre bastante complexo. Cabe aos futuros exploradores tentar achar uma solução.
Até mais!
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Cena do jogo Dead Space, da Eletronic Arts. |
Quem assistiu ao filme Alien, o Oitavo Passageiro (1979), deve se lembrar da Ripley, a única sobrevivente da nave Nostromo. Também deve lembrar das tensas relações que existiam dentro da nave entre os tripulantes, preocupados com o bônus da companhia. Ripley parece fria e insensível, mas procura o gato Jones por metade da nave antes de ir embora pela cápsula de fuga. Sobre isso, o diretor do filme, Ridley Scott disse:
Eu acho que se você passa muito tempo no espaço com outras pessoas, a camaradagem desaparece gradualmente, e cada pessoa acaba isolada com os seus próprios pensamentos, suas memórias e preocupações, de onde vieram, para onde estão indo. E portanto, todos os personagens são concebidos como não sendo realmente amigos. Há um tipo de relação fria entre eles e um ponto interessante é que no final do filme Sigourney faz uma coisa extraordinária, que é voltar para salvar o gato. Bem, talvez sua única relação real na nave fosse com o gato.
Ripley e o gato Jones em Aliens, o Resgate. Fonte: 20th Century Fox |
Um ditado diz que nosso lar é onde nosso coração está. Mas como fazer de uma nave um lar? Em especial se você trabalha em condições assim, afinal a Nostromo fazia operações de mineração. A viagem durava meses seguidos, tanto que era preciso viajar em câmaras de estase, em animação suspensa, para baratear custos muito provavelmente.
Lembro de um episódio de Jornada nas Estrelas, A Nova Geração, em que o capitão Picard questionava a presença de crianças em naves estelares. Para ele, era inadequado manter tripulação familiar, em vista dos perigos que a tripulação corria ao lidar com a exploração espacial e com alienígenas. No entanto, esse contato familiar seria necessário para expedições e missões que demandassem muito tempo, que é o caso de Aliens, onde apenas a tripulação estava embarcada.
A sanidade e o conforto de uma tripulação serão essenciais para o sucesso da exploração espacial. A hostilidade do espaço exigirá isso, é preciso ter cooperação. No entanto, manter uma tripulação em conforto físico e emocional é caro. Temos visto cancelamentos de programas espaciais o tempo todo em decorrência da crise financeira de países ricos e desenvolvidos. Mesmo que uma exploração do espaço profundo no estilo Alien ainda pareça um tanto distante, não podemos esquecer que trabalhar com pessoas é sempre bastante complexo. Cabe aos futuros exploradores tentar achar uma solução.
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