Mari Wolf é conhecida como uma das damas da ficção científica nos anos 50. Ela, entre outras várias mulheres, criaram uma geração de leitores e escritores com seus contos e resenhas em revistas de ficção científica, como a Imagination e a If e hoje estão praticamente esquecidas.
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Mari Wolf nasceu em Laguna Beach, Califórnia, em 27 de agosto de 1927. Teve uma produção pequena, mas significativa, nos anos 50, tendo sido uma das mais conhecidas escritoras de ficção científica de seu tempo. Influenciou leitores e fãs, sendo uma ativa participante de fanzines e convenções de FC, especialmente na costa oeste dos Estados Unidos. Mari escreveu para a revista Imagination, na coluna Fandora Box, de abril de 1951 a abril de 1956 e também para a revista If.
Interessada por matemática e ciências, cursou Matemática na Universidade da Califórnia e participou de clubes de foguetes amadores na década de 50. Escreveu sobre temas variados, às vezes em tom cômico, às vezes em tom de crítica, mas falou sobre robôs, sobre evolução e viagens espaciais, sobre exoplanetas e choques culturais.
Pouco se sabe dela depois dos anos 60, nem consegui descobrir se ela está viva ainda, pois Mari estaria perto dos 90 anos. Isso é algo que foi muito comum com várias escritoras dos anos 40 e 50. Depois de um tempo de produção criativa, elas desaparecem das edições. Será que elas se casaram e pararam de publicar? Pressão da família, filhos? O meio ficou mais competitivo e os homens conseguiram mais espaço?
Os contos dela estão todos em domínio público pelo Projeto Gutenberg. Robôs do Mundo, Ergam-se! foi o primeiro que li e mesmo com o tom cômico, ele traz reflexões interessantes sobre o modo como os robôs são tratados e o que aconteceria se eles começassem a reivindicar direitos ao se tornarem conscientes. Fiz a tradução e a revisão ficou com Julian Vargas, que gentilmente cedeu seu tempo para ler e corrigir.
Como lidar com robôs que abandonaram seus postos de trabalho? Não se pode jogar gás neles, nem atirar. Eles deixaram os humanos desacostumados e agora a gente é que tem que capinar os campos, carregar e descarregar caminhões, fazer a própria comida, achar as próprias meias. O conto me fez lembrar o filme Surrogates e a adaptação para o cinema de Eu, Robô, de Asimov, onde os robôs estão cada vez mais disseminados e os seres humanos ficam mal acostumados com uma série de coisas.
Arte de Aaron G. Randall |
Várias reflexões sobre o uso de robôs e drones nos dias de hoje estão surgindo, então achei bem adequado resgatar Mari Wolf e a forma como ela viu a revolução feita pelos seres sintéticos. Os robôs descritos no conto parecem bem antiquados quando comparados aos que já vimos na FC, mas acho que o clima vintage é ótimo. Você pode baixar os arquivos em PDF, mobi ou epub.
epub
mobi
Qualquer problema com o download ou com o arquivo, por favor, avise a capitã aqui. E boa leitura!
Até mais!
Muito obrigada por disponibilizar o livro!
ResponderExcluirObrigada pelo seu esforço e generosidade! :D
ResponderExcluirEu li o conto recentemente na coletânea lançada pela editora Fonzie.
ResponderExcluirGostei bastante, do conto. Uma das críticas que encontrei é em relação à dependência da tecnologia. Cada vez mais estamos inaptos a fazer as coisas por conta própria, e em uma baixa tecnológica assim, estaríamos muito ferrados.
Muito bom, uma pena a autora não ser tão lembrada. De fato pesquisei sobre ela e não achei mais nenhuma informação adicional :/