Mineração em asteroides

Semana passada saiu a notícia de que uma empresa norte-americana recém criada - Planetary Resources - pretende nos próximos anos extrair minérios de asteroides e também água, uma iniciativa que envolve tecnologia, espaço e iniciativa privada, em uma empreitada perigosa e cara.



A dupla dourada do Google, Larry Page e Eric Schmidt, o diretor de cinema e entusiasta da ficção científica James Cameron e alguns políticos influentes estão envolvidos na criação de Planetary Resources, que pretende buscar o ouro do século XXI - água - além de outros elementos importantes para a industria como ouro, platina e terras raras.

As terras raras são essenciais para a industria de eletroeletrônicos e alguns destes elementos são bem difíceis de encontrar na Terra. Daí, acredito eu, a ideia de buscar tais elementos fora, vasculhando os NEO (Near Earth Objects, ou objetos próximos da Terra), que são asteroides que, como diz o nome, estão na nossa vizinhança. Com o aumento na demanda por tais aparelhos ultra sofisticados, vai ficar cada vez mais difícil suprir o mercado.


A operação no espaço
Claro que vai ser uma empreitada e tanto para o nosso atual nível tecnológico e prevejo até alguns riscos para o planeta caso algo dê errado. Adaptar nossa tecnologia de mineração para operações de baixa gravidade, onde não pode haver um técnico por perto para consertar algo quebrado já vai ser um desafio a se superar. Além disso, os minérios dificilmente ocorrem de maneira livre, eles estão em geral associados a outros e às próprias rochas, portanto eles terão que ser transportados e separados em alguma estação intermediária.

Riqueza no espaço
Fonte: Planetary Resources | Divulgação: Istoé

Apesar de os minérios estarem distribuídos mais na superfície dos asteroides, é possível que seja necessário dinamitar algumas seções dele para se chegar a veios mais profundos e isso pode constituir um sério risco para a Terra se um pedaço grande demais se desprender e entrar em rota de colisão. Pode não haver um evento que leve à extinção, mas podem haver danos consideráveis se cair em uma grande região metropolitana.

E também penso no custo. Será que o valor das terras raras vai superar o custo das operações de mineração no espaço? Claro que vai ser uma sensação poder utilizar um equipamento com o selo espacial na capa e aposto que muita gente vai pagar pelo preço de um, mas até mesmo para a empresa, será que vai valer todo o risco e investimento desprendido?


Para o futuro e além
Já tratei nesta postagem sobre o futuro da humanidade no espaço. Existem tantos desafios a se superar, tanta tecnologia para melhorar e inventar, que penso se a raça humana vai mesmo conseguir chegar lá antes de ser extinta. Temos que encarar o fato de que somos finitos e os recursos do planeta também. O consumo desenfreado e o excesso de gente estão espoliando o planeta de recursos e já estamos sentindo os efeitos que essa ação está causando, com mudanças climáticas drásticas.


Earth

Por mais que existam planetas semelhantes à Terra lá fora, existem muitas barreiras para se vencer antes de pensar em uma colonização em massa do espaço. Existem muitas barreiras para se chegar à Marte, que é aqui no nosso quintal, o que dirá encontrar outra Terra.


Até mais!

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