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A exploração oceanográfica começou há cerca de 150 anos com o HMS Beagle, em sua viagem de cinco anos, onde participava o jovem geólogo Charles Darwin. A expedição modesta para fazer levantamentos da costa argentina e chilena, obter dados cronométricos e sondar o fundo marinho foi essencial para despertar os estudos sobre esta região tão inexplorada. Foi com o Beagle que começou a se perceber a variabilidade do relevo dos oceanos.
Então, como ele se divide? Vou pegar o caso do relevo na costa brasileira para que a gente consiga se situar. Considere o relevo oceânico começando a partir da linha d'água na praia.
Margem Continental
É a zona de transição entre o continente e as bacias oceânicas. Apesar de fazer parte do continente, ela está abaixo do nível do mar. No caso do Brasil, esta margem é chamada de margem tipo Atlântico, pois são mais extensas, estáveis tectonicamente e com grande acúmulo de sedimentos vindos do continente. As margens do tipo Pacífico são mais estreitas, instáveis e com ação de terremotos e vulcanismo.Plataforma Continental
É a parte dos continentes que está embaixo d'água, indo da linha da água até a quebra da plataforma vários quilômetros mar a dentro. No caso do Brasil elas chegam a 200km em média de largura, sendo mais espessas no sul e sudeste do país (o que explica as praias paulistas, onde você anda, anda e anda mar a dentro e a água não passa do joelho). Boa parte da plataforma brasileira esteve fora da linha da água na última glaciação.Talude
O fim abrupto da plataforma é marcado pelo talude, onde as profundidades aumentam e o terreno se torna bastante íngreme. Há um grande acúmulo de sedimentos nesta região.Sopé continental
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Exemplo de relevo submarino na costa do ES e BA (clique para ampliar) |
Bacia oceânica
Assim que a margem continental termina até o sopé da dorsal oceânica estão as bacias oceânicas, que na imagem são identificadas como planície abissal. Na verdade a planície é mais uma formação dentro da bacia oceânica. Planície porque são em geral bastante planas devido ao depósito de sedimentos, porém isso não descarta a existência de grandes elevações e montes submarinos que requerem grande atenção na navegação.Dorsal Oceânica (ou Cordilheira Mesoceânica)
A mais impressionante formação oceânica é a dorsal ou cordilheira mesoceânica. Ela se estende por todos os oceanos num total superior de 70 mil km, com profundidade média de 2500m, ocupando 33% da superfície oceânica. Se fosse possível tirar toda a água do Atlântico e olhar seu relevo, seria parecido com a imagem abaixo. A única parte visível da dorsal é a Islândia.![]() |
É possível ver montes submarinos, falhas, fossas e parte da plataforma continental da África e da América do Sul. |
De seu interior surge o magma, responsável pela renovação do assoalho oceânico que afasta América do Sul da África cerca de 2-3 centímetros ao ano. Quando mais longe da dorsal, mais antigo é o terreno.
Espero que esta postagem consiga mostrar o quão variado é o universo sob toda a água dos oceanos. Existem mais formações, mas o objetivo de hoje era mostrar como se dividem as províncias e principais estruturas. Em breve, uma postagem sobre os seres marinhos. Ficou alguma dúvida? Não hesite em perguntar.
Até mais!
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