Origem da água na Terra

Quando olhamos para o oceano, para um rio, para um lago, não conseguimos mensurar a quantidade absurda de água que existe no planeta. A pouca fração de água que utilizamos para consumo e para as as atividades industriais, representam uma parte infinitamente pequena diante da dimensão da Terra. É impossível, por sua vez, ter certeza de onde toda essa água veio.

Origem da água na Terra



Não é possível saber exatamente de onde a água veio, pois não existem registros precisos da criação do planeta. Mas falar da origem dela remete à formação do sistema solar e da Terra, que estima-se terem cerca de 4.6 bilhões de anos. As datações também mostram que as rochas sedimentares mais antigas (que se formam por ação em especial da água líquida) têm 3.9 bilhões de anos, provando que já nesta época remota, havia água na Terra.

O fato de se encontrar em uma faixa habitável do sistema solar fez com que a água não fosse perdida para o espaço ou congelasse, possibilitando a existência de vida. Mas de onde ela realmente veio? Existem duas teorias a respeito.

Bombardeio pesado
Algumas correntes científicas acreditam que a água veio de material congelado que colidiu com o planeta durante sua formação, nos primórdios do sistema solar. Ela teria sido injetada por meteoritos com água em sua composição, porém boa parte foi perdida para o espaço, enquanto outra ficou presa pela gravidade do proto-planeta, formando nuvens. Parte desta água molecular foi quebrada pela ação ultravioleta do sol, fazendo o hidrogênio se perder para o espaço e o oxigênio ficar preso nos minerais da crosta. A água condensada teria ficado em forma de nuvens, que gradualmente esfriou o quente planeta e acabou enchendo as depressões, formando os primeiros oceanos, rios e lagos.

Estima-se que esse bombardeio pesado tenha sido de meteoritos do tipo condritos, que possuem 0,1% de água em sua composição. Como o início do sistema solar foi bastante turbulento e violento, é possível que o fluxo inicial deste material tenha dado ao planeta água mais que suficiente para formar os oceanos, sendo que boa parte dela, 3/4 tenham convergido para o interior do planeta e sua moléculas acabaram separadas. Os meteoritos muito provavelmente vieram do cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, que estima-se possam ser compostos por até 20% de água, mas também não descarta que tenham vindo de ainda mais longe.

Cometas
Além de meteoritos, existem também os cometas, que possuem um corpo rochoso, com poeira e gelo e que também teriam colidido com o planeta em formação, trazendo a água que tanto caracteriza a Terra. Estima-se que 25% do volume de material do bombardeio pesado tenha sido de cometas, mas há um problema com essa teoria. Três cometas - Halley, Hyakutake e o Hale-Bopp - contém altas taxas de deutério, uma forma de hidrogênio que contém um nêutron e um próton em seu núcleo. Quando comparado ao hidrogênio normal, o deutério é duas vezes mais abundante nestes cometas do que na água dos oceanos. E como os oceanos contém proporcionalmente menos deutério, supõe-se que eles teriam contribuído com pouca água.

Seja como for, essa origem nebulosa nos deu a incrível quantidade de água que temos atualmente, um volume estimado em 1,35 milhões de quilômetros cúbicos, sendo que 97% dela encontra-se nos oceanos e os 3% restantes são de água doce em geleiras e aquíferos, sendo que apenas 0,007% é de água doce de fácil acesso em rios e lagos e utilizada no consumo humano. Mais um motivo para preservar e manter o que temos.

Até mais!

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