Periferia da galáxia

Entrei recentemente num grupo de ficção científica - muito bom por sinal - e é gratificante ver comentários bastante inteligentes e instigantes sobre o assunto, além é claro de filmes, livros e reportagens interessantes.

Giordano Bruno





O que me chamou atenção foi a postagem de Tarsiso Salvatore sobre o filme Battle L.A., com previsão para estreia no final de 2011. Vou aqui reproduzir fielmente seu texto, que resume algo que nenhum produtor de cinema percebeu ainda:

Estamos na periferia da galáxia. Supondo que uma raça fosse mesmo superior tecnologicamente e expansionista, ainda assim não consigo imaginar uma boa razão para atacar a Terra.

Já que nossa tecnologia é minimamente desenvolvida isso certamente causaria algum transtorno aos invasores. Somente uma necessidade extrema de adquirir algum tipo de matéria-prima para uso militar, ou substância única encontrada na Terra, justificaria uma campanha militar. Escravizar a humanidade para ser mão de obra acho improvável em um cenário em que supomos que os alienígenas são superiores tecnologicamente: essa superioridade pré supõem que robôs e itens mecânicos são usados no lugar de mão de obra viva...

Aliás, supondo que o invasor fosse militarmente mais sofisticado ele poderia simplesmente pulverizar o planeta, sem a necessidade de ataque com tropas. A não ser que (me ocorreu agora) fosse algum tipo de "guerra santa" contra os terráqueos, mas convenhamos, se eles são superiores tecnologicamente nós podemos imaginar que questões religiosas que normalmente são um bloqueio ao avanço tecnológico foram extirpados de sua sociedade.

Conclui que enquanto não inventarmos o motor de dobra, estamos livres de um ataque de qualquer império alienígena. ;)

Se esse comentário surgisse na época de Giordano Bruno, o Tarsiso teria sido queimado junto com ele! Acho que o texto resumiu bem nossa posição medíocre no universo e em como somos insignificantes para uma raça lá fora. É a mesma questão que trata o filme Skyline. Para que vir para a Terra? O único risco que oferecemos é para nós mesmos. Só se fosse uma raça altamente sádica, em busca de encrenca, como os Wraith, em Stargate. Mas os Wraith ainda têm um motivo, somos seu alimento.

Acho que podemos dizer que estamos bem seguros na nossa periferia quietinha, nosso beco galáctico.

Obs: Tarsiso, adorei o comentário, valeu! (e corrigi o nome!)

- Um adendo à mensagem acima, vi essa reportagem no G1 e voltamos à questão da periferia da galáxia

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