Para o futuro e além

Somos testemunhas do nosso tempo, mas nunca compreendemos o tempo que passou e o que virá. Nunca pensamos no que deixaremos quando essa existência terminar. O que somos é o que fomos, eu ouvi uma vez. É interessante notar a tragédia do ser humano no dia a dia. Parece que a dor de viver nunca vai parar, não é mesmo?


Uma vez um aluno me perguntou se o mundo ia mesmo acabar em 2012. Ele ficou alarmado quando eu falei do Big Bang e depois do Big Crunch e de outras teorias sobre a expansão do universo e seu inevitável fim. Sei porque ele ficou assustado. Nossa vida exige um começo, meio e fim porque temos uma existência finita e muito curta. Ele tem razão de ficar com medo do futuro. Eu respondi que o mundo acabava todo dia. Quando um cachorro era chutado por alguém, quando uma criança morria de fome, quando um negro é espancado na rua ou quando uma mãe de família perde seu emprego e não tem como cuidar dos filhos. Fim do mundo é todo dia, principalmente nas periferias. Não é só com a queda de um meteoro.

Porém o mundo renasce toda vez que um cachorro recebe abrigo e comida, quando uma criança cresce saudável, quando um negro pode ir e vir sem sofrer preconceito e quando uma família é unida, alimentada e feliz. São essas ações que garantem que o futuro não será uma sucessão de tragédias porque, convenhamos, elas fazem parte da vida. Mas ações das pessoas boas não podem se perder no meio de ações das pessoas más. Precisamos pensar no futuro mesmo que não participemos dele. Nossos descendentes certamente participarão. E o que será deles? O que estamos deixando para o futuro?

O futuro é feito e reinventado todos os dias. Nossas ações, escritos, conversas, piscadas e papos, nossos encontros com amigos e familiares. Na leitura do dia a dia, no livro que amamos, no filme que nos emociona ou que nos irrita. Não dá para escapar do futuro, mas podemos sempre pensar no melhor para ele. Não podemos também temer o futuro. Devemos temer o ser humano que não tem expectativa nem esperança, aquele dotado com a capacidade de destruir.

A nave Momentum Saga está de partida. Para o futuro, futuro no presente.

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